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Review: Apple Watch SE em 2021? Vai sem medo!

Por muito tempo, eu disse a mim mesmo que não precisava de um Apple Watch, mas sabia plenamente que precisava de um relógio — fosse ele inteligente ou não. Depois que meu velho Casio Vintage Digital (daqueles comprados em camelô, mesmo) resolveu entregar a toalha após alguns anos de guerra, decidi que era hora de investir em um relógio propriamente dito.

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Mas claro que eu não fui de cara para o Apple Watch, afinal de contas, um relógio caro como esse deve estar muito bem decidido na cabeça antes de sair preenchendo os dados do cartão. Não. Eu fiquei uns bons meses sem relógio (matutando a ideia de um smartwatch), esperando pelo momento certo e me restringindo ao cavernoso método de conferir as horas pelo celular. 😛

Até que alguma chave virou, e eu resolvi dar novamente uma chance ao relógio inteligente da Maçã. Sim, digo “novamente” pois esse não é o meu primeiro Apple Watch. Mas estou pondo o carro na frente dos bois.

O modelo que escolhi foi um Apple Watch SE de 40mm, na cor cinza espacial, o qual foi bem fácil de decidir — uma vez que eu não preciso de todas as novidades dos relógios mais recentes da Maçã.

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Para os que não sabem, o Apple Watch SE foi na verdade lançado em 2020, junto ao Series 6 — mas continua à venda mesmo após a chegada do Series 7. De qualquer modo, agora que decidi dar uma segunda chance ao Apple Watch, que tal saber se vale a pena comprar o Apple Watch SE no fim de 2021, indo para 2022?

Design e tela

A primeira impressão ao tirar o Apple Watch da caixa é, como sempre, sensacional. Ele é muito bonito e confortável, e de cara percebe-se que é um relógio de qualidade. Você pode conferir o nosso unboxing do SE no vídeo abaixo:

YouTube video

O design do Apple Watch SE é o mesmíssimo presente nos Series 4, 5 e 6, mas difere um pouco do Series 7 — do qual falarei mais à frente. O fato de ele dividir seu design com gerações passadas não é algo negativo, uma vez que ele ainda é bem mais bonito e moderno do que as primeiras gerações.

Vale notar, porém, que o SE só está disponível em versões com caixa de alumínio — nada de aço inoxidável ou titânio, presentes no modelo mais caro. As cores disponíveis aqui são prateada, dourada e, a minha escolha, cinza espacial.

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Ao colocar o relógio no pulso, já senti a primeira diferença: ele é de fato bem mais bonito do que os das gerações passadas. Não sei por que, mas o design mais arredondando dos Apple Watches mais recentes faz uma grande diferença se comparado ao original, mais quadradão.

E por falar em gerações passadas, da última vez que tive um Apple Watch (um Series 2, o qual vendi em 2019), optei pelo modelo de 42mm — o qual achei grande demais no meu pulso, na época. Por isso, desta vez, resolvi ir direto para o modelo menor, de 40mm, já que, por conta das bordas reduzidas, ele possui uma tela muito mais espaçosa do que as presentes nos modelos de 38mm e 42mm.

Series 3, SE e Series 7

A grande diferença, aqui, fica para o Series 7, o qual conta com bordas ao redor da tela bem mais finas, o que possibilita que suas telas sejam 50% maiores do que as do Series 3 (ou anteriores) e 20% maiores as dos Series 4, 5, 6 e SE.

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Claro, a tela maior do Series 7 pode vir a ser bem útil por contar dos botões maiores e até de um teclado virtual QWERTY, então caso você tenha algum problema de visibilidade ou simplesmente aprecie telas maiores, pode calhar dar uma olhada no modelo mais recente.

Outra diferença em relação ao Series 7 (e aos Series 5 e 6, também) é a ausência de uma Tela Sempre Ativa. Isso é algo que não me incomodou em nada durante o uso, mas pode ser um deal-breaker para alguns.

No geral, a tela do SE é perfeita para a maioria dos usuários. Ela é visível até em ambientes ensolarados, e a única preocupação que tenho a respeito dela é a facilidade com que ela absorve microarranhões — os quais não são comuns em modelos de aço inoxidável e de titânio, que contam com telas de cristal safira, bem mais resistentes que as de vidro de íons-X presentes nos modelos de alumínio.

Usabilidade

Em termos de usabilidade, o SE é como qualquer outro Apple Watch. Ele conta com o processador S5 (o mesmo presente no Series 5) e que, apesar de ser um chip de 2019, não traz nenhuma preocupação. O SE consegue abrir apps com rapidez, lhe trazer informações via Siri em poucos segundos, etc. Em mais de um mês de uso, eu não vi ele travar nenhuma vez.

Os mostradores são outra grande parte do quesito usabilidade, já que eles são a primeira coisa que você vê ao interagir com o relógio. E é aí que entra uma das vantagens de um smartwatch: a capacidade de trocar os mostradores faz com que ele seja um dispositivo superversátil, que pode ser usado nas mais variadas ocasiões e de acordo com o seu humor.

Algo a se notar, também, é que os mostradores melhoraram muito nos últimos anos. Desde que vendi meu Series 2, lá em 2019, a Apple vem adicionando uma variedade enorme de mostradores — todos bem mais bonitos, com mais informações e complicações.

Além disso, as telas com cantos arredondados presentes nas gerações pós-Series 3 permitem tanto a adição de mais complicações quanto a utilização de mostradores com fundos coloridos, sem precisar ver as “quinas” da tela — algo que me incomodava bastante nessas gerações passadas.

As complicações também são outra parte essencial para tirar proveito completo do Apple Watch (apesar de eu, muitas vezes, preferir um look mais minimalista). Previsão do tempo, temperatura, bateria, calendário e um bando de complicações de terceiros trazem ainda mais utilidade ao relógio.

Review Apple Watch SE

Integração

O Apple Watch faz parte de um conjunto, então ele funciona bem melhor quando utilizado junto a outros produtos da Apple — permitindo que você tire maior proveito desse ecossistema.

A habilidade de desbloquear o Mac usando o relógio tem sido uma mão na roda, para mim. Apesar de o Touch ID (presente em Macs mais recentes) ser bem prático, nada supera a praticidade de abrir a tampa do Mac e começar a usá-lo sem a necessidade de qualquer interação. Desbloquear o iPhone com o Apple Watch ao fazer o uso de máscaras é, também, outra praticidade tremenda!

O Apple Watch também pode ser utilizado para autenticar coisas no Mac e, é claro, fazer pagamentos via Apple Pay — os quais são bem mais práticos do que pagar com o iPhone, principalmente ao usar máscaras.

Prática de exercícios

Dentre os principais motivos para considerar a compra de um Apple Watch, estão as suas capacidades de monitoramento de atividades físicas. Com uma série de sensores, o Apple Watch é capaz de detectar quando você está se exercitando, e permite que você acompanhe todas as suas métricas pelos apps Atividade e Saúde.

Apple Watch para esportes

Claro que isso não é novidade para ninguém, mas é bem legal ver como esse tipo de monitoramento é capaz de nos incentivar a fazer mais exercícios. E, por falar em incentivo, os Anéis de Atividade tem grande parte nisso — nos incentivando a caminhar, levantar e se exercitar durante o dia. A habilidade de registrar exercícios também é superútil, porque torna fácil se manter consistente e continuar a malhar mesmo nos piores dias.

Recursos ausentes

Como dito anteriormente, a ausência de uma Tela Sempre Ativa no Apple Watch SE é sua maior omissão pois, de resto, nenhum dos sensores ausentes me fazem falta.

O Apple Watch SE não conta com recursos de oxigenação do sangue ou ECG (presentes em gerações mais recentes), mas provê o básico: leitura de batimentos cardíacos, alerta de batimentos abaixo da média e Detecção de Queda — os quais são mais do que suficientes para a maioria dos usuários.

Bateria

Assim como todos os Apple Watches que o antecederam, o SE também conta com as mesmas 18 horas de autonomia. E isso se reflete, em tese, em um dia inteiro de uso — que é basicamente como a Apple enxerga o Watch, um relógio que deve sim ser recarregado todos os dias.

Na minha rotina de universitário/proletário, nunca consegui matar essa bateria em apenas um dia. Naqueles em que eu estou mais em casa, chego ao fim (por volta de meia-noite) com cerca de 35-40%. Nos dias mais puxados, quando estou na rua ou faço algum tipo de exercício físico, chego a bater nos 25-30%.

Acho que a única maneira de matar essa bateria em um só dia seria realizando mais de algumas horas de exercício ou usando bastante o GPS. Vale lembrar, porém, que o meu modelo não conta com conectividade celular, então não sei como o gasto adicional se transmitiria na vida útil do relógio.

Funções extras e alguns poréns

Outras funções legais e alguns poréns do Apple Watch que valem a pena serem explicitados são:

  • A capacidade de simplesmente sair falando comandos com a Siri ao levantar o pulso na altura da boca é simplesmente sensacional e faz com que eu use ainda mais a assistente para marcar timers, criar lembretes, etc.
  • A habilidade de “espiar” a hora ao girar a Digital Crown para cima é superútil, principalmente com o modo Cinema ativado ou em situações nas quais que você não deseja girar o pulso.
  • E por falar em Digital Crown, eu sei que isso já é algo antigo, mas a resposta tátil ao girá-la é um game changer e fazia muita falta no meu Series 2.
  • Algo que está totalmente fora da alçada da Apple mas que, com certeza, deveria ser melhorada é a integração do WhatsApp com o relógio. Gostaria de poder atender ligações do mensageiro pelo pulso, como é possível fazer com ligações normais. Também seria legal ter mais opções de respostas prontas ou personalizadas. Isso, obviamente, depende da Meta, e não da Apple.
  • A função de monitoramento de sono nativa também não é das mais úteis. Ela lhe dá pouquíssimas métricas e simplesmente não chega aos pés das ofertas de terceiros.
  • A ausência de mostradores de terceiros também é uma tremenda oportunidade perdida. Apesar de curtir os mostradores disponíveis, acho que seria legal se pudéssemos ter ainda mais liberdade nessa escolha — e, claro, sem precisar baixar outros apps para isso.

Por que um Apple Watch?

E, então, chegamos à fatídica pergunta: por que comprar um Apple Watch? Bom, aqui eu falo pela minha experiência própria, mas o Watch pode ser um belo aliado na organização do seu dia a dia. Claro, a usabilidade de um smartwatch não mudará a sua vida, mas com certeza será uma bela adição à sua rotina de notificações, checar as horas e ter acesso a algumas facilidades diretamente no seu pulso.

Como eu disse, esse não foi o meu primeiro Apple Watch. Vendi o meu Series 2 com apenas dois meses de uso, lá em 2019, pois não vi tanta vantagem assim na época. Hoje, a experiência do Apple Watch já está bem diferente. Dá para sentir que tanto o relógio quanto o watchOS estão bem mais maduros e oferecem muito mais facilidades para o seu dia a dia.

Em relação ao Apple Watch SE, esse sim é uma bela tacada da Apple. Apesar de já ter se passado um ano desde o seu lançamento, ele ainda é a melhor opção para a maioria dos compradores do relógio — uma vez que o Series 3 é antigo demais (e nem deveria mais ser vendido, dona Apple!) e o Series 7 é destinado somente àqueles que desejam todas as tecnologias mais recentes da Maçã no pulso.

Se você, diferente de mim, ainda está na dúvida se o SE é certo para você, recomendo ler também o review do Apple Watch Series 7, escrito pelo Rafael. Mas caso esse seja o seu primeiro Apple Watch ou você simplesmente não se importe com as adições do Series 7, vá sem arrependimentos de SE, pois ele lhe atenderá bem por muito, muito tempo.

Ah, e fiquem ligados pois faremos, em breve, alguns reviews de pulseiras para Apple Watch as quais poderão interessar a muitos de vocês! 😉


Comprar Apple Watch SE de Apple Preço à vista: a partir de R$3.059,10
Preço parcelado: a partir de R$3.399,00 em até 12x
Cores: meia-noite, estelar ou prateado
Tamanhos: 40mm ou 44mm
Conectividade: GPS ou GPS + Celular

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