De acordo com a pesquisa mais recente realizada pela Counterpoint Research, o mercado de smartphones no Brasil cresceu aproximadamente 2,3% durante o primeiro trimestre deste ano. No geral, o crescimento se deve à participação desse segmento na indústria brasileira, que foi responsável por 93% do total de remessas de aparelhos durante o mesmo período no país.
Como nem tudo são flores, a Apple não conseguiu aproveitar esse crescimento do mercado brasileiro. Na realidade, o estudo apontou que a participação (vendas) de iPhones no Brasil diminuiu — pouco (0,1 ponto percentual), mas diminuiu — quando comparado ao primeiro trimestre de 2017; porém, mesmo com a redução, a Maçã manteve o quarto lugar entre as principais fabricantes.
Para a Counterpoint, a estagnação das vendas de iPhones em terras tupiniquins estaria relacionada com o fim da produção do gadget no país, o que não é bem uma verdade. Há pouco mais de um ano os indícios de que a Foxconn, parceira da Apple no Brasil, iria encerrar as produções foram esclarecidas pela própria Maçã, que negou parar a produção de iPhones no país.
Além disso, a analista de pesquisas Parv Sharma disse que o mercado de smartphones só não cresceu mais devido às elevadas barreiras fiscais e o cenário já consolidado entre as principais fabricantes.
Devido às altas barreiras de entrada, o mercado brasileiro de smartphones está muito consolidado. As cinco maiores marcas de smartphones representaram quase 85% do total do mercado de aparelhos no primeiro trimestre de 2018. No entanto, a Huawei pretende desafiar esse cenário e está planejando entrar novamente no mercado em parceria com a fabricante brasileira de eletrônicos Positivo, na última parte do terceiro trimestre de 2018.
A Samsung abocanhou quase metade do mercado nacional de smartphones, com 45,6% das vendas. Entre as questões que levaram ao sucesso da gigante asiática no país estão a popularidade dos dispositivos — os quatro principais smartphones mais vendidos foram da Samsung e detinham cerca de 22% do mercado de smartphones —, a grande produção local e o alto investimento em marketing.
Outro fator contra a participação da Apple em território nacional apontado pela Counterpoint é que 80% dos smartphones comercializados por aqui custam até US$199.
via Patently Apple