Que as gigantes da tecnologia possuem uma grande influência sobre as decisões que são aprovadas na política, nós já sabíamos — tanto é que todas delas possuem um orçamento justamente dedicado à prática de lobbying.
Agora, uma nova reportagem do The Hill indica que, enquanto os gastos com lobbying cresceram para algumas empresas em 2021, eles diminuíram para outras.
Segundo o site, a Amazon e a Meta foram as que mais investiram no ano passado, gastando respectivamente US$20,3 e US$20,1 milhões — um aumento de 7% em relação a 2020.
A Apple, ao contrário, gastou “apenas” US$6,5 milhões com lobbying no ano passado — uma diminuição leve em relação aos US$6,7 milhões gastos em 2020, segundo as informações do The Hill. Vale notar que, no ano passado, publicamos uma matéria informando que a Maçã havia gasto US$7,4 milhões com lobistas somente no primeiro semestre de 2020, ou seja, temos aí dados conflitantes.
Seguindo: o Google gastou US$9,8 milhões com lobbying em 2021, demonstrando um aumento de 27% em relação a 2020; já a Microsoft desembolsou US$10,2 milhões.
Juntas, as gigantes da tecnologia pagaram cerca de US$70 milhões em lobbying — um valor quase 3x maior do que o gasto há uma década. Ou seja, claramente essas empresas estão correndo atrás para impedir que projetos de lei antitruste ou que venham contra seus interesses sejam aprovados no congresso.
A Apple, como bem sabemos, apesar dos seus esforços para impedir que projetos de lei “anti-App Store” sejam aprovados, tem passado por maus bocados nas mãos dos legisladores. Talvez ela precise aumentar seus gastos com lobbying novamente?