A escassez global de chips deverá se estender pelo menos até a segunda metade de 2022, concluiu a Casa Branca após uma investigação conduzida pelo Departamento de Comércio dos Estados Unidos. As informações são da Bloomberg.
O relatório da investigação, apresentado pela secretária de comércio Gina Raimondo, cita mais de 150 empresas globais da cadeia de suprimentos e aponta uma persistência no desencontro entre oferta e demanda de processadores no mercado.
Perguntada por repórteres, a secretária afirmou que “não estamos nem perto de estar fora de perigo no que diz respeito aos problemas de fornecimento de semicondutores”.
Segundo o documento, o estoque médio mundial de chips atual é capaz apenas de suprir a demanda para os próximos 40 dias — um reflexo do aumento de 17% na demanda mundial por tais componentes em 2021, em comparação a 2019.
O Departamento de Comércio dos EUA destacou que o leque reduzido de opções para mitigar a escassez deverá intensificar ainda mais o problema. Atualmente, um projeto de lei que destinaria até US$52 bilhões para incentivar fabricantes de chips a construir fábricas em solo americano está tramitando no Congresso. No entanto, é improvável que a iniciativa seja implementada a tempo de garantir os estoques ainda em 2022.
Os EUA também suspeitam de possíveis casos de manipulação de preços de chips destinados a automóveis e dispositivos médicos, mas ainda não deixou claro quais fabricantes estariam adotando tal prática. Segundo a Bloomberg, o governo do país deverá abrir uma investigação em breve.