Procurado inúmeras vezes por órgãos brasileiros para prestar esclarecimentos num inquérito que investiga a disseminação da fake news, o Telegram está mergulhando cada vez mais fundo no mar de desaprovação das autoridades no Brasil.
Além da ameaça de ser bloqueado no território tupiniquim e ficar de fora de um acordo entre o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e as principais redes no país, agora o Telegram corre o risco de ser removido das lojas de aplicativos da Apple e do Google no Brasil.
Mais precisamente, novos ofícios enviados pelo Ministério Público Federal às empresas questionam a existência de regras que “proíbam a disponibilização e a comercialização de apps que não se adequem à legislação brasileira, ou que causem potencial dano a interesses coletivos”. As informações são da Folha.
Os ofícios, enviados pelo procurador da república Yuri Corrêa da Luz, fazem parte do inquérito supracitado que apura eventuais violações de direitos fundamentais por parte de provedores de apps que operam no Brasil — e quais políticas de combate à desinformação elas estão adotando.
Segundo as informações, as empresas têm um prazo de 15 dias para enviar as informações. De acordo com a Folha, um “eventual veto do Telegram [na App Store e no Google Play], porém, não impede que usuários acessem contas no exterior para baixá-lo”.
Medida semelhante já foi usada contra o Telegram na Alemanha, onde o serviço também se recusava a dialogar com autoridades. Após ameaças de que poderia ser banido do país, o mensageiro mudou de postura e passou a colaborar com as determinações.
Veremos se a história se repetirá por aqui…