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Economista analisa como saída da Rússia impactará a Apple

Em Cupertino, a crise não deverá causar impactos significativos — ao menos por ora
Fast Company
Imagem de Putin dentro de um iPhone

A invasão da Ucrânia pela Rússia tem gerado respostas bastante drásticas por parte dos Estados Unidos e da Europa. Em meio a uma escalada da situação, Moscou tem sido alvo de sanções políticas e econômicas severas, além de reações abundantes da sociedade civil. A Apple não ficou de fora: a empresa suspendeu suas vendas e boa parte dos seus serviços no país.

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Com uma situação tão incerta, é difícil dizer até quando as sanções permanecerão e se o isolamento da Rússia será perpetuado pelo chamado mundo ocidental. E, caso isso de fato ocorra, quais serão as consequências para a Apple? O economista Daniel Martins, do The Street, resolveu fazer essa análise.

Martins notou que, ao longo das últimas semanas, a $AAPL caiu cerca de 10% em relação ao pico atingido no início de fevereiro — queda esta que pode ser atribuída, em parte, aos fatores externos relacionados à Rússia e ao cenário de incertezas na economia global. A médio e longo prazo, entretanto, pode ser que a Apple não seja tão afetada assim.

Em termos de receita, a Rússia não é um mercado tão significativo para a Apple: o país representou 0,9% de toda a receita global da empresa ao longo de 2020. Não é algo que pode ser desprezado — ao total, este valor atingiu 266 bilhões de rublos, ou cerca de US$2,5 bilhões. Ainda assim, a fatia russa na receita da Apple é menor do que a representação do país na economia global: o PIB da Rússia em 2020 atingiu cerca de US$1,5 trilhão, ou cerca de 2% da economia mundial.

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Fazendo uma conta por cima, Martins estimou que a receita russa contribui com pouco menos de 3 centavos no LPA (lucro por ação) da Apple, estimado em US$3,27 ao longo do ano fiscal de 2020. Em outras palavras, ao menos na perspectiva da Maçã, a crise russa não deverá gerar grandes preocupações.

Martins analisou também a situação da cadeia de fornecimento da Apple, mas — de novo — encontrou apenas boas notícias para Cupertino: a empresa não tem fornecedoras na Rússia (ou na Ucrânia), concentrando mais de 80% das suas parceiras em países no leste, no sul e no sudeste asiático.

Em outras palavras, o isolamento da Rússia na economia global não deverá representar grandes impactos para o desempenho financeiro da Apple. Obviamente, as preocupações não param por aí — uma escalada do conflito poderia, naturalmente, desembocar em uma situação mais grave, de âmbito que ultrapasse as fronteiras russas e ucranianas, e aí a análise seria outra.

via AppleInsider

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