Um aumento nas infecções pelo novo Coronavírus (COVID-19) em Hong Kong levou o governo chinês a colocar a metrópole Shenzhen, que liga o centro urbano ao continente chinês, em lockdown — o que afetou grandes fornecedoras da Apple no país, incluindo a Foxconn, como divulgado pela Bloomberg.
A decisão foi tomada depois que Hong Kong registrou mais de 32.000 novas infecções no domingo, enquanto Shenzhen registrou 60 novos casos. Segundo as informações, espera-se que o lockdown vigore até o dia 20/3, no mínimo.
Dessa forma, com exceção das empresas que fornecem alimentos, combustível e bens ou serviços essenciais, todas as outras companhias foram obrigadas a fechar ou funcionar no esquema home office.
Segundo informações do Nikkei, as fábricas da Foxconn nos distritos de Longhua e Guanlan, em Shenzhen, suspenderam a produção até novo aviso — além de transferirem temporariamente a produção para instalações em outras regiões. Uma dessas fábricas, porém, é responsável pela montagem de iPhones — mas especialistas dizem que isso não impactará a oferta de produtos da Apple.
A suspensão da produção do iPhone pela Hon Hai em Shenzhen devido ao lockdown contra a COVID-19 pode não afetar a cadeia de suprimentos de smartphones da Apple. Seu principal centro de produção em Zhengzhou ainda não foi afetado pelo mais recente ressurgimento do vírus na China e pode ajudar a compensar a perda de capacidade. A demanda sazonal mais baixa também pode fornecer um amortecedor para recuperar a produção.
Outras empresas, como a General Interface Solutions (GIS) — subsidiária da Foxconn responsável pela fabricação de displays —, confirmaram que interromperam a produção temporariamente. Ademais, a Unimicron, fornecedora de placas de circuito da Apple, também suspendeu suas atividades — apesar de afirmar que isso não afetará o fornecimento uma vez que sua produção ocorre fora da região de Shenzhen.
Veremos como essa situação se desenrolará nos próximos dias.