Desde o iOS 14.5, a Apple oferece um recurso voltado à privacidade que deu o que falar na época: a Transparência do Rastreamento de Apps (App Tracking Transparency, ou ATT).
Agora, mais de um ano depois de tal lançamento, um estudo divulgado por quatro estudantes afiliados à Universidade de Oxford e outro independente mostram o impacto dessa medida na prática.
Intitulado “Goodbye Tracking? Impact of iOS App Tracking Transparency and Privacy Labels (ou “Adeus Rastreamento? O Impacto da Transparência do Rastreamento de Aplicativos para iOS e dos Rótulos de Privacidade”), ele traz alguns dados bem interessantes.
O mapeamento de duas versões de 1.759 aplicativos disponíveis na App Store (uma antes e outra depois do iOS 14.5) indica que a ATT se mostrou uma dificultadora na coleta de dados dos usuários. As novas políticas da Maçã impedem, por exemplo, a coleta do IDFA (Identifier for Advertisers).
Apesar do avanço, porém, muitos aplicativos seguem coletando algumas informações dos usuários, inclusive fazendo isso mesmo depois de a pessoa ter definido a opção “Pedir ao App para Não Rastrear” e até mesmo criando novas formas de seguir rastreando indivíduos, como já foi verificado anteriormente.
Encontramos evidências reais de aplicativos que seguem computando e concordando com um identificador por meio do uso de códigos do lado do servidor, violando assim as políticas da Apple e expondo os limites do que a ATT pode fazer contra o rastreamento no iOS. Isso é especialmente preocupante porque nos recusamos explicitamente a optar pelo rastreamento em nosso estudo, e o consentimento é um requisito legal para o rastreamento sob a lei de proteção de dados da União Europeia e do Reino Unido.
Além de tudo isso, o estudo também destaca outro recurso introduzido pela Apple no iOS 14: o quadro das chamadas informações nutricionais (ou “rótulos nutricionais”). Segundo eles, tal recurso se mostra muitas vezes impreciso.
O estudo pode ser conferido na íntegra aqui [PDF].
via TechCrunch