Na última segunda-feira (18/4), comentamos que alguns funcionários de Apple Stores nos Estados Unidos estavam planejando se sindicalizar, alegando “salários estagnados” e outras reivindicações.
Na ocasião, ficamos sabendo que trabalhadores de pelo duas lojas já estavam se preparando para formalizar o projeto, o qual foi mantido em segredo para evitar qualquer possibilidade de a Apple derrubar a iniciativa. Hoje, entretanto, o primeiro pedido de sindicalização parece ter sido finalmente realizado.
De acordo com informações da Bloomberg, 70% dos funcionários da Apple Cumberland Mall — loja localizada na cidade de Atlanta, capital do estado americano da Geórgia — assinaram cartas de apoio e planejam apresentar ainda hoje um pedido de eleição sindical ao Conselho Nacional de Relações Trabalhistas (NLRB, na sigla em inglês), formalizando a primeira campanha de sindicalização dos funcionários da Maçã. A iniciativa contempla 107 funcionários da loja.
Derrick Bowles, funcionário da loja e membro do comitê que organiza o projeto, confirmou as informações. Vale notar que a iniciativa já recebeu apoio do Communications Workers of America (o maior sindicato trabalhista de comunicação e mídia dos EUA) e ganhou o nome de “Apple Workers Union”.
Agora, eu acho, é o momento certo, porque simplesmente vemos o impulso mudando o caminho dos trabalhadores. Enquanto reavaliamos, percebemos que adoramos estar na Apple – e deixá-la não é algo que qualquer um de nós queira fazer. Mas melhorá-la é algo que gostaríamos de realizar.
Ainda de acordo com o veículo, os integrantes da iniciativa pretendem aumentar o salário-base pago pela Apple na loja de US$20 por hora para US$28/hora — o que, segundo os organizadores, é o “mínimo necessário para que um único funcionário pague um apartamento de um quarto sem ter problemas com o aluguel”.
Vale notar que, de acordo com o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (Massachussets Institute of Technology, ou MIT), essa reivindicação ainda está abaixo do salário mínimo praticado em Atlanta, hoje calculado em US$31 por hora.
A Bloomberg destaca que o pedido ainda precisa ser revisado pelo NLRB, que então então se encarregaria de promover uma audiência para analisar as reivindicações. No entanto, caso o pedido seja bem-sucedido, essa será a primeira vez que funcionários de Apple Stores se organizam em um sindicato.