Não, essa não é uma notícia do tipo “corram para as montanhas imediatamente”, mas sim um alerta: de acordo com um relatório recente da Atlas VPN, as vulnerabilidades entre os produtos da Apple (incluindo iPhones, iPads, Macs e outros) cresceram nada menos que 467% em menos de um ano.
Os dados, baseados num relatório de cibersegurança recente da Telefónica, são referentes ao segundo semestre de 2021. Em comparação à primeira metade do ano passado, quando os produtos da Maçã tinham estimadas 67 vulnerabilidades, o salto foi gigantesco: no segundo semestre, este número passou para 380 falhas conhecidas.
Com isso, a Apple pulou rapidamente do 11º para o 3º lugar entre as empresas com maior número de vulnerabilidades registradas. O Google ainda é o campeão do inglório ranking, mas conseguiu diminuir o número de falhas na comparação entre semestres — 511 contra 547. A Microsoft, por sua vez, permanece no segundo lugar com um número quase estável de vulnerabilidades: 428 no segundo semestre.
Voltando à Apple, a pesquisa apontou que as vulnerabilidades mais exploradas pelos cibercriminosos estão no navegador Safari e nos sistemas operacionais da empresa. Um ponto de preocupação extra, no caso da Maçã, é que uma mesma falha pode ser explorada em vários tipos de dispositivos, pelo fato de que os seus sistemas e produtos estão conectados e têm base nas mesmas fundações.
Vale notar que, numa outra pesquisa relacionada da Atlas VPN publicada recentemente (esta, baseada em dados do laboratório AV-TEST), mais de 34 milhões de novos malwares foram descobertos até agora em 2022. Destes, quase 3/4 (ou cerca de 25 milhões) são para o ecossistema do Windows enquanto outros 536 mil são focados no Android. Apenas 2.087 são para macOS.
Ainda assim, é bom manter a guarda alta, como de costume — ou, em outras palavras, sempre manter seus sistemas atualizados e adotar as práticas comuns de navegação segura. Não deem bobeira!