Nos últimos anos, a Apple vem dando bastante foco à questão da privacidade. A culminância desse processo foi a criação do recurso Transparência do Rastreamento de Apps, o qual permite que o usuário escolha se quer ou não ser rastreado entre apps.
O problema é que essa nova funcionalidade parece não estar atingindo os objetivos pretendidos, como mostra uma reportagem do Digiday. Fontes do site apontam que o rastreamento no iOS foi “endêmico” nos últimos 12 meses, em especial o de identidade digital. Assim, a Apple deverá avaliar o que fazer para melhorar a situação, o que pode incluir transformar a Retransmissão Privada (Private Relay) em uma configuração padrão.
Esse recurso foi lançado no iOS 15 em versão beta, como até hoje se encontra. Ele consiste numa forma de mascarar o usuário em acessos online (como uma espécie de proxy ou VPN1), devendo ser manualmente ativado para entrar em ação. Atualmente ele funciona apenas para assinantes do iCloud+, embora a Apple realize redirecionamentos de maneira automática para todos ao acessar alguns sites no Safari.
Dessa forma, a ideia seria a Retransmissão Privada funcionar automaticamente em todo o sistema, incluindo também em aplicativos. Assim, seria mais um obstáculo para o rastreamento, principalmente o de identidade digital, que consiste numa forma de mapear o aparelho, o tamanho de tela, entre outras informações de dispositivos usados para acessar sites e apps.
Outras medidas também são estudadas, como separar atualizações de SDKs2, as ferramentas usadas para controlar o código de um app. Assim, elas seriam armazenadas apenas nos dispositivos, tirando o controle dos desenvolvedores. Essa proposta foi introduzida inicialmente pelo Google.
Logo mais, no dia 6 de junho, provavelmente veremos o resultado dessas avaliações na Worldwide Developers Conference (WWDC) 2022, evento anual da Apple em que são anunciados os novos sistemas operacionais e totalmente dedicado a esse tema.
via 9to5Mac