Neeraj Arora, ex-diretor de negócios do WhatsApp, publicou uma thread no Twitter em que rememora o processo de aquisição do WhatsApp pela Meta (na época, apenas Facebook). Ele afirma, categoricamente, se arrepender da transação.
Arora disse que houve uma tentativa de compra por parte do Facebook entre 2012 e 2013, que foi recusada. Em 2014 houve uma nova oferta (de US$16 bilhões), dessa vez concretizada, como é sabido.
O ex-chefe conta que o acordo fechado mais parecia uma parceria, de modo que o Facebook prometera manter a criptografia ponta a ponta, respeitar a independência dos gerentes do WhatsApp, nunca implementar anúncios no aplicativo, além de uma cadeira no conselho da empresa para um executivo oriundo do aplicativo de mensagens.
Outras exigências também foram feitas: não explorar dados dos usuários e manter a compatibilidade entre diferentes plataformas. Segundo Arora, a Meta comprometeu-se a respeitá-las. Contudo, como ele aponta, a realidade foi diferente. O executivo relembra, então, os vários escândalos de privacidade envolvendo o Facebook.
Arora finalizou seus comentários afirmando que, apesar de o WhatsApp ser a segunda maior plataforma da Meta hoje em dia, representa apenas uma sombra do que era quando foi criado. Ele conclui que se arrependeu de ter vendido o aplicativo em que trabalhava, adicionando o fato de não ser o único com esse pensamento.
O executivo disse, ainda, que não havia como saber, em 2014, que o Facebook tornar-se-ia um “Frankenstein” que devora dados de usuários. Ele faz um apelo às empresas, com certeza em especial à Meta, para que reconheçam seus erros e mudem o ecossistema da tecnologia.
via iMore