Em abril, falamos aqui sobre o primeiro pedido de sindicalização feito por funcionários de uma loja da Maçã nos Estados Unidos, organizado por integrantes da Apple Store Cumberland Mall, em Atlanta. Desta vez, segundo informações do The Verge, representantes do movimento acusaram a empresa de organizar reuniões internas para barrar a campanha sindical.
De acordo com o Communications Workers of America, principal representante do movimento organizado na loja, a Apple teria violado a Lei Nacional de Relações Trabalhistas dos EUA ao realizar uma série de “reuniões cativas” — tática controversa geralmente adotada para desencorajar sindicalizações.
Historicamente, o Conselho Nacional de Relações Trabalhistas (NLRB, na sigla em inglês) costuma permitir que essas reuniões ocorram desde que elas sejam realizadas pelo menos 24 horas antes de uma eleição sindical. Entretanto, um memorando assinado pela conselheira geral do órgão, Jennifer Abruzzo (publicado em 7 de abril), indica que a prática passaria a ter um tratamento mais agressivo do órgão a partir dos próximos meses.
A companhia, vale notar, é conhecida por orientar seus funcionários a frequentar pequenas reuniões antes do início de seus expedientes chamadas “daily downloads” — criadas para atualizá-los sobre as notícias da empresa. Desde que os esforços de sindicalização começaram, a Apple passou a dar uma atenção especial para temas geralmente reivindicados por seus trabalhadores.
A Apple ainda não se pronunciou publicamente sobre as iniciativas de sindicalização, mas já chegou a distribuir uma espécie de roteiro para gerentes de Apple Stores com argumentos antissindicalização.
Entre as reivindicações dos funcionários da Apple Store Cumberland Mall, está o aumento do salário-base pago pela Apple de US$20/hora para US$28/hora. Segundo o movimento, esse valor é o “mínimo necessário para que um único funcionário pague um apartamento de um quarto sem ter problemas com o aluguel”.
via AppleInsider