No começo desta semana, comentamos uma reportagem de Wayne Ma, do The Information, sobre os bastidores do desenvolvimento do famigerado headset de realidade aumentada/virtual da Apple, o qual levantava uma série de dificuldades encontradas pelo time da Maçã responsável pelo projeto.
Agora, Ma publicou uma ainda mais informações sobre os obstáculos que a Apple enfrentou no desenvolvimento do dispositivos — um deles, inclusive, decorrente de uma decisão do ex-chefe de design da companhia, Jony Ive.
De acordo com a matéria de hoje, a Apple decidiu, em 2019, trabalhar em um headset autônomo com capacidade própria de processamento — em vez de um dispositivo que deveria ser conectado a algum tipo de estação/base.
Na época, Mike Rockwell, executivo encarregado pela equipe de VR da Apple, acreditava que o modelo conectado a uma base seria o preferido entre outras pessoas — uma vez que os gráficos do modelo autônomo seriam “inferiores”.
Isso não foi o que aconteceu e alguns executivos “culpam” Ive por ter supostamente “alterado o objetivo principal do produto”. Ainda segundo o repórter, Ive continua atuando como consultor da Apple, contribuindo em aspectos de design do headset — a exemplo de onde a bateria deve ser colocada.
Os defensores da versão interdependente, por outro lado, disseram que a Apple deveria ter lançado um dispositivo que profissionais/criadores pudessem usar para “desenvolver experiências de realidade mista” antes de oferecer um produto para os consumidores, como o “Apple Glass”. Além disso, a versão inicial do gadget não teria foco em jogos, como especulado previamente.
Quatro pessoas que trabalharam no projeto também criticaram sua falta de foco em jogos, uma categoria de software que atrai os primeiros usuários e que foi importante para o sucesso do iPhone, além de ter sido uma grande prioridade para o grupo de VR da Meta.
De acordo com as informações, a Apple não está desenvolvendo controles de jogos para o dispositivo e pretende combinar as capacidades de rastreamento do headset com um clipe de dedo semelhante a um prendedor de roupa, como forma de interação com os conteúdos em AR/VR.
A reportagem também reitera informações anteriores de que o headset terá múltiplas câmeras para rastrear as expressões faciais dos usuários — a fim de criar “avatares digitais precisos” para representá-los.
Fato é que, recentemente, o jornalista Mark Gurman, da Bloomberg, informou que o headset teria sido demonstrado para o conselho de administração da Apple — sugerindo que o dispositivo está em fase de conclusão. As previsões, porém, são de que o dispositivo seja lançado no fim deste ano — ou no começo do ano que vem, se não houver mais atrasos.
via MacRumors