No dia 28 de maio, a estudante Thamires Norberto foi furtada em um show no Rio de Janeiro. Ela teve o seu iPhone levado, mas esse foi apenas o começo de um pesadelo.
Quem cometeu o crime também conseguiu acessar a contas bancárias da jovem no Nubank, no Mercado Pago e supostamente no Banco do Brasil. Isso foi feito à revelia do fato de o aparelho e os aplicativos bancários precisarem de senha de acesso. Com isso, ela teve um prejuízo total de cerca de R$7 mil, como expôs no Twitter.
Foram transferidos R$6.400 do Nubank para uma conta utilizada pela própria estudante e por uma amiga para uma loja no Mercado Pago. Então, roubaram a quantia disponível nessa última instituição bancária. Foi feito um saque, bem como uma transferência para uma conta de uma pessoa desconhecida no PagSeguro. Além disso, a vítima relata que a senha do aplicativo do Banco do Brasil também foi modificada.
Como é possível imaginar, Thamires ficou completamente desolada com a situação, que foi agravada por um tratamento que ela considerou bastante aquém do esperado. “[…] não é só o dinheiro. É a impotência, a violação, o desespero, o medo, o trauma. Só queria conseguir resolver alguma coisa”, afirmou a jovem em uma longa thread no Twitter na qual relatou todo o caso.
Ela registrou um boletim de ocorrência numa delegacia e o encaminhou aos bancos, junto a explicações sobre a situação e pedidos de devolução do valor. Todavia, só era dito que a situação “seria analisada”, sem previsões concretas. Um atendente do Banco do Brasil chegou a dizer que a troca de senha relatada seria algo impossível de ser feito.
Finalmente, no dia 30 de maio, Thamires foi a uma agência do Banco do Brasil, onde constatou que a senha não foi trocada. Ela apenas não conseguia acessar o app em outro aparelho por ele ser desconhecido (algo muito comum em se tratando dessa instituição bancária). Por isso, a jovem destacou a importância do atendimento presencial.
Ontem, o Nubank entrou em contato com a vítima e afirmou que concluiu a análise, além de ter devolvido o valor retirado indevidamente de sua conta. Em nota ao TecMundo, o banco afirmou que “assim que tomou conhecimento do caso, entrou em contato com a usuária por telefone sinalizando que estava dando início às tratativas. Feito isso, iniciou a análise sobre o que ocorreu entre as instituições financeiras envolvidas no fluxo”.
Thamires segue reclamando do Mercado Pago, que ainda não devolveu a parte do dinheiro dele retirada. A empresa disse ao TudoCelular que, “assim que tomou conhecimento do caso, entrou em contato com a usuária por telefone sinalizando que estava dando início às tratativas. Feito isso, iniciou a análise sobre o que ocorreu entre as instituições financeiras envolvidas no fluxo”. Além disso, afirmou que entraria em contato no dia de hoje para dar um retorno à vítima.
O PagSeguro, para onde foi parte do dinheiro roubado, afirmou, em nota, que “segue padrões rígidos de segurança”. A empresa adicionou, ainda, que “no caso específico, tão logo tomou conhecimento do assunto via Twitter, o PagBank PagSeguro tentou contato com a estudante pelo Twitter para obter mais informações e localizar as contas envolvidas, mas sem retorno até o momento. A empresa aguarda contato da estudante para analisar o caso e avaliar providências”.
A estudante reiterou a indignação com tudo o que aconteceu, em especial o tratamento de descaso dos bancos de onde o dinheiro foi retirado. Ela agradeceu pela repercussão que o caso teve, creditando somente a isso o fato de estar conseguindo a devolução dos valores roubados.