A Apple terá que enfrentar uma alegação a qual sugere que a empresa teria se “beneficiado” de um esquema de gift cards (cartões-presente), contou o Courthouse News Service.
Os gift cards não são amados somente pelos fãs da Maçã, mas também por malfeitores — que utilizaram os cartões para dar golpes cuja soma estimada foi de US$30 milhões só em 2020.
Há diversas maneiras de golpistas se aproveitarem, sendo uma das mais comuns escolherem uma vítima e dar a ela um “motivo urgente para entregarem quantias de dinheiro”, seja para resgatar um parente, evitar cobranças ou até “garantir um lugar na fila para obter a vacina contra COVID-19”, relatou o site. Então, eles pedem que a vítima compre um cartão na Apple e passem o código para que possam utilizá-lo no site ou mesmo revender em algum outro site.
Por conta disso, diversas vítimas desse tipo de esquema se juntaram em uma ação coletiva em 2020 alegando que a Apple estaria não só “facilitando” os golpes, como também lucrando com isso, já que ela recebe uma comissão de 30% sobre o valor de um produto/serviço distribuído na iTunes/App Store.
A empresa entrou com uma moção para o caso ser arquivado, mas agora ela foi negada pelo juiz Edward Davila. No documento, ele discorda que a Apple teria ajudado de alguma maneira ou facilitado o esquema, mas concorda que ela recebeu parte da quantia e não reembolsou adequadamente as vítimas. Ele escreveu:
A Apple se beneficia da proliferação do golpe; ela é totalmente capaz de determinar quais contas resgataram os fundos roubados do cartão-presente e impedir o pagamento desses fundos e que a Apple, no entanto, informou a Martin, Marinbach, Qiu e Hagene que não havia nada que pudesse fazer por eles, apesar da notificação imediata do roubo desses autores.
Davila julgou “insuficiente” a política de reembolso da Apple, que diz ser impossível fazer a devolução uma vez que o cartão é resgatado.
Para a felicidade dos demandantes, o caso agora prosseguirá com a investigação e a preparação dos documentos.
via 9to5Mac