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Apple Store em Maryland é a primeira a se sindicalizar nos EUA [atualizado: Biden comenta]

Funcionário de Apple Store

No último sábado, o Conselho Nacional de Relações Trabalhistas dos EUA anunciou que os trabalhadores da Apple Towson Town Center (em Maryland) decidiram ser representados pela Apple Coalition of Organized Retail Employees (Coalizão de Empregados do Varejo Organizados da Apple, em tradução livre). Eles passarão a fazer parte da International Association of Machinists and Aerospace Workers (Associação Internacional de Maquinistas e Trabalhadores Aeroespaciais).

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A votação foi de 65 a favor e 33 contra — com isso, a loja de Towson passa a ser a primeira de cerca de 270 cujos trabalhadores estão associados a um sindicato. “Amamos nossos trabalhos. Só queremos vê-los melhorarem”, disse Tyra Reeder, que trabalha na Apple Store como especialista técnica. “Para isso acontecer, uma maioria de nós precisa concordar. Não acho que nenhum de nós concordaria com perder algo que amamos tanto, que nos beneficia”, acrescentou.

A notícia é uma ótima novidade para trabalhadores não só de outras lojas da empresa, como até mesmo de outros ramos. No mês passado, como mostramos aqui, uma Apple Store em Atlanta adiou a eleição para decidir sobre a sindicalização, acusando a empresa de adotar técnicas de boicote. Outras lojas também estão buscando o mesmo que a de Towson conseguiu e exemplos bem-sucedidos estimulam a repetição do evento.

Não podemos dizer o mesmo, porém, olhando através das lentes da Apple. A empresa vem adotando medidas de modo a conter o ímpeto de se associar a sindicatos, especialmente no segmento de varejo. Já aconteceram aumentos de salário recentes, a circulação de um vídeo de chefe dessa área da Maçã e até de instruções para gerentes das lojas desestimularem a sindicalização entre empregados.

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Como disse Eric Brown, um trabalhador da Apple Towson Town Center ouvido pelo Washington Post, essas táticas da gigante de Cupertino tiveram certo sucesso. Segundo ele, o número de apoiadores da ideia do sindicato diminuiu após certas medidas tomadas, ainda que tenha sido aprovado no final. Outra trabalhadora lembrou dos próximos passos a serem tomados, com a constituição de um comitê negociador que contemple também aqueles que votaram “não”.

A Apple recusou-se a comentar após a votação. A empresa limitou-se a repetir o que parece ser a única posição sobre sindicatos que tem. “Somos felizes em ter membros do time de varejo incríveis e valorizamos profundamente o que eles proporcionam à Apple.” Também foram lembrados benefícios dados aos funcionários, como plano de saúde e licença maternidade/paternidade paga.

Ainda neste mês, uma Apple Store na Escócia anunciou que registrou uma solicitação para aderir a um sindicato. Essa é uma tendência em alguns países, além dos Estados Unidos, no sentido de trabalhadores de empresas como Apple, Amazon e Starbucks pedirem por mais voz no processo de tomada de decisão em relação a questões trabalhistas e, assim, discutirem sobre a associação a um sindicato.

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Vamos ver como tudo isso evoluirá!

via The New York Times

Atualização, por priscila klopper20/06/2022 às 15:00

Assim que a notícia sobre a primeira loja da Apple se sindicalizar chegou aos ouvidos do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ele não hesitou em congratular os trabalhadores: “Estou orgulhoso deles.”

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Quando os repórteres pediram alguma declaração sobre o ocorrido, o presidente demonstrou seu apoio afirmando que “os trabalhadores têm o direito de determinar em que condições vão trabalhar ou não”. Ele completou dizendo que “todos estão em melhor situação, inclusive o produto final é sempre melhor (por causa dos sindicatos)”.

A fala faz muito sentido com o que normalmente incentiva, principalmente por Biden ser considerado o presidente que mais vem apoiando sindicatos em décadas.

via Reuters

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