De acordo com o 9to5Google, o gerenciador de senhas do Google passou a oferecer criptografia no dispositivo em iPhones, Androids e no Chrome. Desta forma, as senhas salvas na plataforma são postas sob mais uma camada de segurança à qual o Google não tem acesso. Assim “só você pode ver suas senhas”, afirmou a empresa em uma página de suporte.
Diferentemente da criptografia das senhas no próprio Google, na qual os servidores da companhia guardam a chave para acessar os dados, a nova função armazena essas chaves no próprio dispositivo — podendo-se usar o bloqueio de tela ou senha da conta do Google para realizar o acesso. A ideia da empresa é tornar essa forma o modo padrão a ser adotado no futuro.
Após ativada, a criptografia no dispositivo não pode ser desativada, alguns sites passam a não fazer login automaticamente e o check-up de senhas precisa de solicitação manual. Para destravar as senhas em outro dispositivo, será necessário digitar a senha da conta do Google e, como se pode imaginar, perder acesso a ela e à chave de criptografia significa também dar adeus as suas senhas. Por isso, a empresa dá ênfase a manter métodos de recuperação da conta ativos.
A novidade ainda está sendo liberada; sua ativação se dá nessa página do Google, na parte de configurações; no navegador Chrome, ou entrando nas configurações da conta do Google. Nesta última, deve-se ir à parte de segurança, onde se encontra o gerenciador de senhas e se pode ativar a criptografia no dispositivo, conforme a imagem abaixo.

A Apple oferece um serviço parecido com as Chaves do iCloud. Elas, porém, oferecem criptografia de ponta a ponta, embora a Maçã garanta que usa “uma chave criada usando informações exclusivas de seu dispositivo e por seu código de acesso, que só você conhece”, de maneira que ninguém mais tem acesso aos dados.
Talvez o lançamento dessa possibilidade por parte do Google estimule outras empresas a oferecer também a criptografia no dispositivo. É válido lembrar, entretanto, que a indústria de tecnologia — inclusive o Google — está indo na direção de um futuro sem senhas, como mostram as Chaves-senha (Passkeys) apresentadas pela Apple na WWDC22.
De qualquer forma, é sempre bom mais um pouco de segurança e privacidade, não é?