O melhor pedaço da Maçã.

Apple demite funcionários que tentavam sindicalização

TonyV3112 / Shutterstock.com
Consumidores em Apple Store

Não é novidade que a Apple não vê com bons olhos o movimento de sindicalização que está ocorrendo entre funcionários do varejo. A empresa já adotou, por exemplo, práticas como reuniões para desestimular a formação de sindicatos, bem como circulou um comunicado com o mesmo objetivo.

Publicidade

Agora, porém, a Maçã está sendo acusada de ir além: de acordo com o Washington Post, cinco funcionários da Apple Country Club Plaza, em Kansas City, foram desligados. O motivo oficial da demissão foram atrasos dos empregados, além de mau preenchimento de livros de ponto. Eles foram dispensados entre novembro de 2022 e fevereiro de 2023.

Os empregados, porém, disseram que começaram a se organizar para a sindicalização após sentirem diferenças no tratamento dado a eles em relação aos trabalhadores de meio período, entre outras questões. Dessa forma, o sindicato Communications Workers of America (CWA) registrou uma queixa no Conselho Nacional de Relações Trabalhistas dos Estados Unidos por “demissão retaliatória ilegal” em razão da intenção de sindicalização.

As já conhecidas reuniões sobre o tema também ocorriam na loja. Inicialmente, elas eram opcionais, mas passaram a ser de comparecimento obrigatório. Nelas, os gerentes desestimulavam os funcionários a se sindicalizarem, dizendo que os sindicatos seriam um obstáculo na relação entre os funcionários e a empresa.

Publicidade

Gemma Wyatt, uma das funcionárias demitidas, afirmou que foi colocada sob medida disciplinar após chegar cerca de um minuto atrasada três vezes em um mês, sendo demitida após isso ocorrer outras duas vezes.

Eu tinha uma longa história com a companhia e amava o meu trabalho. Eles definitivamente tiveram sucesso em destruir nossa vontade de nos organizarmos na nossa loja. As pessoas estão, claro, interessadas em ter voz em relação às condições de trabalho mas sem pôr em risco sua sobrevivência.

Segundo o sindicato, demissões por esse motivo eram incomuns até então, o que levou a crer que os desligamentos foram, na verdade, em razão de os funcionários estarem envolvidos no processo de sindicalização. Empresas como a Starbucks também usariam táticas parecidas para desestimular a adesão a sindicatos.

Outro funcionário demitido pelo mesmo motivo foi Sergio Hernandez Jr, que trabalhava como especialista técnico no Genius da loja. Ele disse que se tornou ativo no movimento sindical ao notar que outros empregados recebiam um bônus por falar espanhol — mas ele, não.

O sindicato também registrou outra queixa relativa à Apple Memorial City, em Houston. Neste caso, a acusação é de que a empresa interrogou funcionários individualmente sobre apoio à sindicalização, submetendo um deles a medidas disciplinares por apoiar o sindicato e prometendo melhorias nas condições de trabalho caso eles recusassem dar apoio à sindicalização.

Publicidade

A Apple não comentou oficialmente as queixas ou os casos relatados. Todavia, mesmo quando a empresa comenta acusações do tipo, geralmente isso é feito com declarações bastante genéricas. Será importante, dessa forma, o resultado da queixa no Conselho Nacional de Relações Trabalhistas dos EUA.

Sigamos acompanhando!

via AppleInsider

Ver comentários do post

Compartilhe este artigo
URL compartilhável
Post Ant.

Zoom ganha recursos de IA e integração com email/calendário

Próx. Post

iOS 16.5, iPadOS 16.5, macOS 13.4, watchOS 9.5 e tvOS 16.5 ganham primeiras betas [atualizado]

Posts Relacionados