É, amigos, parece que a novela que — aparentemente — tinha acabado ganhou uma nova temporada e está longe de terminar.
Isso porque, na última vez em que comentamos o assunto, falamos que o bilionário Elon Musk tinha desistido de comprar o Twitter alegando violações no contrato por parte da empresa. Pois a rede social do passarinho não gostou nada disso e, agora, formalizou um processo contra o bilionário para que a compra seja efetivada, conforme noticiou o The New York Times.
De acordo com o processo, a empresa está acusando Musk de “se recusar a honrar suas obrigações” com a rede e seus acionistas apenas pelo acordo — que fez há menos de três meses — não atender mais “a seus interesses pessoais”. Além disso, o bilionário teria criado um “espetáculo público” e prejudicado a imagem da empresa com toda essa história.
Tendo montado um espetáculo público para colocar o Twitter em jogo e, tendo feito uma proposta e assinado um acordo de fusão favorável ao vendedor, Musk aparentemente acredita que ele — diferentemente de todas as outras partes sujeitas à lei contratual de Delaware — é livre para mudar de ideia, destruir a empresa, interromper suas operações, destruir o valor do acionista e ir embora.
No contrato é narrada toda a história, desde o interesse de Musk na rede do passarinho, passando por sua oferta de US$44 bilhões e aceitação, até chegar à rescisão do contrato pelo bilionário, na última sexta-feira (7 de julho). A razão da desistência teria sido por “violação material” e por a empresa não ter revelado informações relevantes em relação a contas falsas e spam.
Logo depois do ocorrido, o presidente do Twitter, Bret Taylor, disse que o conselho da empresa estava “comprometido em fechar a transação” e planejava buscar medidas legais para fazer com que Musk cumprisse o acordo.
Ao cancelar o acordo, Musk deve teoricamente pagar uma multa de US$1 bilhão, mas, se esse novo processo for adiante, o bilionário deve prosseguir com as tratativas e finalizar a compra do Twitter.