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Congresso dos EUA

Congresso americano quer maior repressão contra spywares

Os spywares são um sério problema no mundo atual. Um dos mais famosos deles, o Pegasus, feito pelo NSO Group — empresa israelense especializada nesse ramo —, vem causando uma série de embaraços internacionais, já que diplomatas, jornalistas e até líderes de governo já foram alvo de espionagem usando essa ferramenta.

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Conforme trouxe o CyberScoop, o Congresso dos Estados Unidos está buscando coibir a ação de empresas como o NSO com diversas ações. A principal delas é o Intelligence Authorization Act (Lei de Autorização de Inteligência, em tradução livre), projeto que já passou no Comitê (equivalente às comissões das nossas casas legislativas) de Inteligência da Câmara de Deputados dos EUA.

Se aprovada, a lei permitirá que a Diretoria Nacional de Inteligência interdite contratos com firmas estrangeiras que produzam aparatos de vigilância, bem como a imposição de sanções para empresas que ameacem a comunidade de inteligência com spywares. Além disso, o projeto prevê maior financiamento para investigações na área.

Na próxima quarta-feira (3/8), acontecerá uma audiência pública no Comitê de Inteligência sobre essa problemática, com a presença de um “caçador” de ameaças online, de uma vítima de spywares e do professor John Scott-Railton, do Citizen Lab, a qual faz um diligente trabalho de mapear pessoas que foram alvo do Pegasus. O evento deverá ajudar no âmbito de estimular a aprovação do projeto de lei no plenário do Congresso americano.

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Muitas empresas enxergam a entrada no mercado dos EUA como o maior prêmio existente e nós vimos até agora que o governo dos EUA tem a possibilidade de desestimular o interesse de investimento desses malfeitores, o que é realmente importante.

Diversos países com governos autoritários, como Arábia Saudita e Tailândia, já utilizaram o Pegasus para espionar dissidentes e ativistas vistos como oponentes. Esses países não têm uma capacidade de inteligência tão grande quanto as de outras nações, como EUA e Inglaterra, de modo que o spyware, além de violar os direitos de quem é espionado, é uma maneira de nivelar o poder de espionar dos Estados.

Governos estrangeiros que anteriormente tinham capacidades de espionagem eletrônica limitadas agora podem adquirir um pacote de ferramentas que pode permiti-los a acessar de modo indetectável qualquer informação armazenada ou transitando por um telefone celular, tablet ou computador conectado à internet. Ninguém está seguro do alcance de spywares e isso inclui oficiais do governo dos EUA e [cidadãos] americanos.

Assim, países como os EUA não estão buscando medidas mais drásticas contra empresas como o NSO Group apenas por interesse à asseguração dos direitos humanos, mas também por questões estratégicas. Ao falar em não proliferação de spywares, tal qual o uso original desse conceito, para armas nucleares, a ideia é que continue havendo assimetria do poder de inteligência no mundo.

Basta lembrarmos que os EUA são constantemente pegos em escândalos de espionagem que em pouco se diferem ao que o Pegasus e similares promovem. A diferença é que os Estados Unidos são um país e, o NSO, não. Vale lembrar que basicamente todos os governos que tenham capacidade para tal usam da inteligência, o que é comum no mundo atual; a questão é justamente essa: o espaço que um ocupa é necessariamente o que outro não ocupa.

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De toda forma, essa (polêmica) situação ainda dará pano pra manga.

via 9to5Mac

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