Ao anunciar o iPhone 3G na WWDC 2008, Steve Jobs disse que o aparelho seria vendido por no máximo US$199 em todos os 70 países que o receberão nos próximos meses. Mas segundo a consultoria IDC, isso é algo que não será possível aqui no Brasil, já que o subsídio do aparelho pode trazer prejuízos às operadoras.
De acordo com Alex Zago, analista de telecomunicações de IDC, “nenhuma operadora tem condições de assumir esse prejuízo”, principalmente devido às mudanças nas regras do serviço de telefonia celular que foram promovidas pela ANATEL em fevereiro. Segundo o analista, elas impedem que as operadoras subsidiem os aparelhos com tanta agressividade em nosso país, principalmente com relação a contratos de fidelidade.
Explico: aqui no Brasil, as regras da ANATEL impedem contratos junto às operadoras com período superior a um ano. Mas em outros países, como os Estados Unidos, elas farão contratos de até dois anos com seus clientes, o que facilita o subsídio do aparelho, pois assim garantem o retorno pelo investimento feito com a venda do iPhone por um preço bem menor.
O analista do IDC também disse que um dos desafios das operadoras brasileiras é aumentar o consumo dos clientes, seja criando uma nova demanda com a chegada do iPhone 3G ou investindo em outros serviços de telecomunicações. “Principalmente nos países em desenvolvimento, as operadoras não conseguiram aumentar a parcela destinada pelos consumidores aos serviços de comunicações móveis”, finalizou.
