A Pegatron, fornecedora da Apple, veio a público negar a retenção de remessas em suas fábricas na China por conta das autoridades do país. Ela declarou à Bolsa de Valores de Taiwan que a produção do iPhone em suas fábricas na China continua normalmente e as remessas não foram afetadas.
Segundo o DigiTimes, as declarações da empresa taiwanesa foram feitas após alegações de que sua produção de iPhones teria sido comprometida após a visita da presidente da Câmara dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, a Taiwan.
Durante um almoço oferecido pela presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, Pelosi se encontrou com o vice-presidente da Pegatron, Jason Cheng, bem como com o fundador e o presidente da TSMC, Morris Chang e Mark Liu, respectivamente. Ambas as fornecedoras são taiwanesas, possuem fábricas na China e são de suma importância para a produção de produtos da Maçã.
Após a visita da representante dos EUA, o governo chinês vem ameaçando Taiwan, que eles consideram uma “província separatista”, enquanto os taiwaneses já se declaram uma nação separada.
Provavelmente por conta disso, o Nikkei publicou que a Apple pediu às fornecedoras que garantissem que as remessas de Taiwan para a China cumprissem rigorosamente os regulamentos alfandegários chineses. Por lá, é necessário que as peças e componentes fabricados em Taiwan sejam rotulados como “feitos em Taiwan, China” ou “Taipé Chinesa”, linguagem que indica que a ilha faz parte da China.
Muito dos produtos da Apple hoje em dia só existem por conta dos negócios que a empresa tem com fornecedoras chinesas. É exatamente por isso que, qualquer problema que possa haver naquela região, acaba afetando a gigante de Cupertino de alguma maneira — assim como vimos com a pandemia do novo Coronavírus (COVID-19) e a escassez de chips. Exatamente por isso, ela vem tentando expandir sua cadeia de produção para outros países como Vietnã e Índia, a fim de não depender tanto da China.
via MacRumors