A Apple está sendo novamente processada por infringir patentes, mas dessa vez elas são referentes a um recurso responsável por potencialmente salvar a vida de muitas pessoas durante a pandemia de COVID-19: o recurso Notificações de Exposição.
Criado em parceria com o Google, ele consiste no envio de uma notificação para quem se aproximou de alguém que estava com COVID-19 — informação cadastrada no sistema de saúde local pelos próprios usuários.
Segundo o Patently Apple, uma entidade na cidade de Waco, no Texas (Estados Unidos), processou a Apple por ela ter supostamente violado duas patentes da empresa Delaware com o sistema de notificações.
A acusação faz referência às patentes 9.198.054 e 9.402.158, ambas intituladas Dinamômetro de Localização Agregada (Aggregate Location Dynometer, ALD), as quais foram detalhadas no documento judicial divulgado pelo site.
Assim como no sistema lançado pela Apple e pelo Google, elas indicam a criação de um método de alerta para riscos problemáticos de aglomeração em determinada posição geográfica — isso usando serviços baseados em localização para analisar as informações de uma infinidade de dispositivos sem fio e determinar os potenciais riscos.
Um ALD, portanto, funcionaria como um servidor físico de rede que agregaria três componentes: um monitor de rede, um determinante de risco de multidão e um módulo de alerta — funcionalidades que coincidiriam com as Notificações de Exposição.
Cópia ou não, fato é que os alertas de exposição à COVID-19 foram comprovadamente eficazes no combate ao vírus — embora não tenham sido amplamente adotados em alguns países, como foi o caso do Brasil.
