O ex-chefe de design da Apple, Jony Ive, foi um dos homenageados pelo The Wall Street Journal em inovação por seu trabalho e legado em design. Ele receberá o prêmio em uma cerimônia que acontecerá hoje, apresentada por Laurene Powell Jobs, viúva do cofundador da Maçã, Steve Jobs.
Em um perfil publicado pela revista, o ex-executivo da Apple comentou diversas passagens da sua carreira, incluindo o passado na empresa, a importância da inovação e o futuro.
Sobre o trabalho na Maçã, Ive relembrou a passagem de quando Jobs retornou à empresa, após seu período na NeXT, e achou que o ex-CEO fosse demiti-lo.
Ive, então com 30 anos, supôs que Jobs contrataria um designer mais renomado para substituí-lo, mas algo inesperado aconteceu em seu primeiro encontro. “Cliquei com Steve de uma maneira que nunca tinha feito com alguém e que nunca mais consegui desde então.”
Sobre seu propósito, principalmente na área da inovação e do design, Ive destacou:
Adoro fazer coisas que são profundamente úteis. Sou um artesão muito prático. Eu acho que as pessoas pensam em design como a aparência de algo. Mas essa é uma definição superficial — é como algo funciona.

Ele também falou sobre a importância da linguagem e da criatividade, a desvantagem da disrupção e a curiosidade:
O sucesso é inimigo da curiosidade. Fico apavorado e enojado quando as pessoas estão absolutamente sem curiosidade. Está na raiz de tanta disfunção social e conflito. Parte do motivo de eu ficar tão furioso quando as pessoas descartam a criatividade é que [quando] é uma atividade praticada em sua forma mais nobre e colaborativa, isso significa um monte de gente que se une de forma empática e altruísta. O que percebi é que o processo de criação com grandes grupos de pessoas é realmente difícil e também incrivelmente poderoso.
Sobre o futuro, Ive disse que sua maior contribuição está hoje em conjurar as ideias que a equipe de designers gráficos, arquitetos e engenheiros da LoveFrom, sua agência aberta 2019, apresentam para suas colaborações com empresas como Airbnb, Ferrari, entre outros.
A entrevista completa pode ser conferida no The Wall Street Journal.