Há quem utilize seus gadgets da Apple, principalmente o iPhone, sem proteção alguma. De fato, a experiência de usar o aparelho sem case e/ou película é “diferenciada”, ainda mais considerando o acabamento premium dos dispositivos — mas, ao mesmo tempo, isso também faz com que muitos fiquem com um certo frio na barriga, compreensivelmente.
Quem opta pelo uso de um acessório, certamente prefere uma opção que adicione/complemente a beleza inata do aparelho — e essa é justamente a premissa dos acessórios da Journey, uma fabricante internacional cujos produtos são projetados na Austrália e seus materiais são provenientes da Europa.
Com a premissa de que não deixa a qualidade de lado em seus acessórios, a Journey garante que suas cases e pulseiras são feitas com couro de flor integral — assegurando não só a excelência, mas também a sustentabilidade dos seus produtos.
A Journey também fabrica carregadores sem fio e cases para AirPods, e nós tivemos a oportunidade de experimentar a case da empresa para o iPhone 13 Pro Max (com suporte para MagSafe) e a pulseira para Apple Watch, ambas na cor preta.
Design
A começar pela case para iPhone, temos um design clássico e bastante slim — até mais do que eu esperava. Há recortes em ambas as laterais para acesso aos botões de volume (do lado esquerdo) e o botão liga/desliga (do lado direito). Também há uma abertura inferior que deixa à mostra tanto os alto-falantes quanto a entrada Lightning.
Já a pulseira para Apple Watch possui um fecho do tipo fivela (buckle) com o pino de trava e o próprio fecho feitos a partir de um material premium. O encaixe com o relógio da Maçã é feito da mesma forma que qualquer outra pulseira, bastando deslizar cada pulseira em seu respectivo lado.
Como é possível notar, em termos de design não temos nada excepcional. É o básico, mas bem feito. A questão, portanto, recai sobre a usabilidade de cada um deles no dia a dia — exatamente o que vamos conferir a seguir.
Uso da case
Avaliando inicialmente a case para iPhone, posso afirmar que as primeiras impressões foram realmente positivas. Ao tirar o acessório da caixa, é possível notar que o couro tem tanto um aspecto quanto uma sensação incríveis. As bordas são de TPU1Termoplástico de poliuretano., portanto são menos maleáveis; já o forro interno da case é feito de microfibra, evitando que a traseira do dispositivo seja arranhada — por onde também é possível visualizar o anel de ímãs do MagSafe.
A própria Journey mostra, na caixa da case, uma imagem de como a aparência do couro poderá ficar após 100 dias — uma “degradação” completamente normal em se tratando de produtos com esse material. De fato, nos primeiros dias o couro não só tem um visual incrível, mas uma pegada bastante confortável.
Diferentemente de outros acessórios de couro, a case da Journey não dificulta a remoção do dispositivo de bolsas e bolsos (ela não fica “grudando” para sair). Talvez pelo acabamento mais refinado, a sensação é de que a case desliza com naturalidade.
Graças às bordas sutilmente maiores nas laterais e no recorte do módulo da câmera, a case também protege o display do dispositivo quando ele está virado para a superfície, bem como as lentes das câmeras — não impedindo também que você adapte qualquer protetor de lente, caso queira.
A depender do seu tipo de uso, após alguns dias você pode começar a notar certas marcas no acabamento da case, como arranhões, ou mesmo ter a sensação de que ela foi “raspada”. Isso aconteceu comigo ao deixar o aparelho sob uma superfície mais áspera. Além disso, sob alguns materiais, a case se adere mais facilmente a sujeiras, uma tendência que eu notei ser maior no couro do que em outros materiais (porém menos que no silicone).
O meu maior problema foi, após mais de 3 meses de uso (cerca de 100 dias), a case tinha uma aparência muito mais desgastada do que eu imaginei, com base na previsão da Journey. Mais precisamente, o couro tinha áreas mais esbranquiçadas, apesar de eu seguir as instruções da fabricante para a limpeza dos seus produtos.
Uma questão que pode ter interferido nisso, e que é de total responsabilidade minha, é usar o aparelho durante/após tomar banhos de piscina, de forma que o cloro ou outras substâncias presentes na água pode ter afetado a aparência da case — mesmo enxugando as mãos antes de pegá-la.
Apesar disso, a case serviu o seu propósito, protegendo o aparelho e permitindo usar carregadores sem fio (padrão Qi) sem ter que removê-la. No meu cotidiano, não faço uso intenso de acessórios compatíveis com MagSafe, mas tive a oportunidade de usar a case com um Carregador MagSafe da Apple e tudo funcionou devidamente. Segundo a fabricante, usuários também não terão problemas ao usá-las com PopSockets ou afins.
Uso da pulseira
Como eu disse anteriormente, os produtos da Journey não tem muitos segredos — o que é algo positivo, pois certamente atenderá a maioria das pessoas. Mais precisamente, a pulseira é feita com couro de um curtume alemão de 130 anos. O processo de curtimento usado infunde o couro com lipídios naturais, o que o torna repelente à água.
Nos primeiros dias, algumas pessoas podem encontrar um pouco de dificuldade para dobrar e fechar a pulseira com a mesma destreza de outras pulseiras de borracha/silicone, uma vez que o couro ainda não está tão maleável — e, também, por ser preciso inserir o pino do fecho em um dos furos da pulseira (não exatamente da mesma forma que as pulseiras esportivas da Maçã).
No punho, porém, a sensação é agradável: a textura da pulseira é macia e não “agarra” na pele — embora, como qualquer outra pulseira, o suor pode sim incomodar quando excessivamente na região.
Da mesma forma que a case para iPhone, a Journey também indica como ficará a aparência da pulseira após cerca de 100 dias de uso; analisando-a exatamente após o mesmo período de tempo da case para iPhone (ou seja, pouco mais de 3 meses), é possível dizer que o resultado desta vez é bem mais próximo do que aquele esperado.
Devido às dobraduras naturais para girar em torno do punho, a pulseira acaba ficando com marcas no acabamento; entretanto, a princípio imaginei que isso pudesse se tornar um problema — principalmente com relação a um desgaste que pudesse causar pequenas aberturas —, o que não aconteceu.
Enquanto a pulseira se sai como uma ótima opção para combinar com looks e eventos mais casuais e sociais, eu não a indicaria para ser usada durante treinos. O couro é mais rígido do que a borracha/silicone e, a depender de alguns movimentos, pode ser que ela fique mais desconfortável. Fora isso, ela é uma opção bem versátil — eu diria que até mais do que as pulseiras loop solo trançada e loop esportiva da Apple.
Preços
Dadas as principais características e impressões dos produtos, vamos conferir qual o preço de cada um deles.
A case para iPhones 13, 13 Pro e 13 Pro Max (não há versão para o mini) está disponível por US$30 durante o período de oferta (ante US$40). Há, também, versões para iPhones 12 (US$30) e também para iPhones 14 (US$40).
Vale notar que, diferentemente da versão testada, os modelos para iPhones 12 e 14 não possuem recortes nas laterais e oferecem apoios para os botões liga/desliga e de volume.
Já a pulseira está disponível por US$40 e é compatível com todos os modelos de Apple Watches.
Vale a pena?
Se você está à procura de cases para iPhones e pulseiras para Apple Watches que não sejam fabricadas pela Maçã, a resposta é sim.
Acessórios de couro, porém, não são para todas as pessoas. A qualidade é diretamente proporcional ao cuidado que você precisa ter. No fim das contas, estamos falando de produtos que estarão presentes na maior parte do seu dia e, portanto, qualidade e conforto devem andar juntos — por isso, atestamos os produtos da Journey.
Ultimamente, é mais fácil você gastar mais experimentando produtos de diversas fabricantes até tentar acertar uma boa, então para poupar seu tempo (e seu bolso), fica a dica das opções da Journey. 😉
Notas de rodapé
- 1Termoplástico de poliuretano.
