A nova versão do Twitter Blue foi (re)lançada no começo desta semana — mas uma assinatura (ainda) mais cara e sem anúncios do serviço está em desenvolvimento, segundo o chefão Elon Musk.
Musk mencionou a futura opção em resposta a um usuário que instou a empresa a eliminar os anúncios do Twitter ao pagar por uma assinatura — semelhantemente a outras plataformas, como o YouTube. No entanto, em vez de fazer isso valer já para o modelo de assinatura atual, o executivo quer lançar uma categoria “superior”.
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O Basic Blue terá metade do número de anúncios. Ofereceremos um nível superior sem anúncios no próximo ano.
Musk não disse quanto custará a experiência totalmente sem anúncios. Atualmente, o Twitter cobra US$8 por mês por uma assinatura básica do Blue (se comprada na web) e US$11 por mês (por meio do iOS — no Brasil, o valor chegará a R$60).
Como notado pelo Social Media Today, um FAQ do Twitter Blue explica que a rede ainda está “trabalhando” para reduzir o número de anúncios para assinantes; como dito por Musk, a assinatura ainda terá a metade do número de anúncios que possui atualmente.
Compartilhamento de dados com anunciantes
Outra mudança que vem sendo trabalhada pelo Twitter poderá forçar alguns usuários a concordar com o compartilhamento de dados (que podem ser vendidos a anunciantes) ou perder o acesso ao aplicativo, conforme divulgado pelo Platformer.
O Twitter implementaria as novas regras apresentando uma notificação que não poderá ser dispensada até que os usuários concordem em compartilhar seus dados — portanto, não haveria chance de recusar, segundo as informações.
Pessoas familiarizadas com os planos disseram que isso seria lançado para cerca de 1% dos usuários americanos para ver suas reações, antes de expandi-lo para todas as contas do Twitter.
A mudança, no entanto, poderá enfrentar diversos obstáculos, já que as regras da Apple dizem que não se pode fazer uso de app condicionado a permitir rastreamento (grifos nossos):
Os aplicativos não devem exigir que os usuários avaliem o aplicativo, analise o aplicativo, assista a vídeos, baixe outros aplicativos, toque em anúncios, habilite o rastreamento ou execute outras ações semelhantes para acessar sua funcionalidade, o conteúdo, usar o aplicativo ou receber compensação monetária ou outra, incluindo, entre outros, vales-presente e códigos.
Sob o plano de Musk, os usuários só poderiam cancelar o envio dos dados se assinassem o Twitter Blue — mas isso também violaria as regras da Apple, que proíbem os aplicativos de forçar uma escolha entre pagamento e rastreamento de anunciantes.
Ainda há muita água para passar debaixo dessa ponte…