A Apple terá que pagar 13 bilhões de ienes (cerca de US$98 milhões) em impostos no Japão após vender grandes quantidades de seus produtos para possíveis revendedores sem a devida tributação. As informações são do Nikkei.
Essas vendas teriam sido possíveis graças a uma lei que isenta turistas que estão no Japão há menos de seis meses de pagar uma taxa de 10% sobre o consumo — criada em 2012 com a intenção de aquecer o comércio do país. Essa exceção, entretanto, não inclui revendedores, os quais estariam se aproveitando dela para comprar mercadorias a preços menores.
Ainda segundo as informações, pelo menos uma compra que explorava essa exceção do sistema tributário japonês foi registrada em uma das lojas da Maçã no país. No caso, um indivíduo teria comprado centenas de dispositivos (incluindo iPhones) de uma única vez, levantando as suspeitas de que ele se tratava, na verdade, de um revendedor.
De acordo com a legislação local, as lojas do país são responsáveis por cobrir quaisquer tributos não pagos em uma venda, mesmo que isso não tenha acontecido deliberadamente. A Apple — que chegou a lucrar cerca de US$26 bilhões no último ano fiscal no Japão — havia parado de oferecer produtos isentos de impostos em junho passado e chegou, inclusive, a dar entrada em um processo de restituição de valores não pagos.
Ao todo, 86,9 bilhões de ienes em impostos e penalidades foram cobrados pelo governo japonês de empresas nos últimos tempos, sendo que mais de 24 mil transações irregulares foram identificadas só no primeiro semestre de 2022. Outra duas grandes revendedoras de dispositivos Apple também teriam sido penalizadas neste ano.
via 9to5Mac