Outra ação coletiva foi movida contra a Apple por supostamente coletar e transferir dados analíticos de usuários do iPhone sem autorização. O caso, aberto na semana passada no Tribunal Distrital do Leste da Pensilvânia, se junta a um outro processo iniciado em novembro cuja acusação fez a mesma alegação.
Ambos os casos se sustentam nas descobertas de dois desenvolvedores e pesquisadores de segurança, os quais revelaram informações de que a Apple estaria coletando e enviando dados independentemente de o usuário dar permissão ou não.
Segundo as descobertas, o aplicativo da App Store enviava dados em tempo real sobre pesquisas de aplicativos, anúncios vistos e até quanto tempo você passou olhando a página de um aplicativo. Além da App Store, um comportamento semelhante foi observado no Apple Music, no app Apple TV e nos apps Livros (Books) e Bolsa (Stocks).
A coleta de dados foi verificada em um iPhone com jailbreak executando o iOS 14.6; no entanto, a equipe descobriu uma atividade semelhante em um dispositivo sem jailbreak rodando o iOS 16 — neste aparelho, porém, os dados eram criptografados e não foi possível determinar exatamente o que eles continham.
Os desenvolvedores alegaram que, mesmo com o devido consentimento, a quantidade e a qualidade dos dados coletados pela Apple seriam “excessivas”, uma vez que continham todas as informações necessárias para gerar a “impressão digital” de um dispositivo.
Por causa disso, uma ação coletiva foi movida contra a Apple logo depois que as descobertas se tornaram públicas — seguida pela reclamação mais recente. Além de focarem na questão de privacidade e segurança, os processos também apontam que essa suposta violação está em contradição com as campanhas publicitárias da Apple, nas quais a companhia destaca que “o que acontece no iPhone, fica no iPhone”.
O resultado dessas ações ainda é incerto, embora provavelmente venham a ser combinados em uma única ação coletiva — ainda mais se surgirem novas reclamações.
via 9to5Mac