O melhor pedaço da Maçã.
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Apple “adia” óculos de AR e lançará headset mais barato em 2024, segundo rumores

Em talvez uma das reviravoltas mais importantes dos rumores sobre os famigerados óculos de realidade aumentada da Maçã, informalmente chamados de “Apple Glass”, novas informações divulgadas pelo jornalista Mark Gurman, da Bloomberg, dão conta de que a companhia teria “adiado indefinidamente” o produto — em relação às previsões feitas até então, já que a Maçã nunca comunicou oficialmente seus planos.

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Em vez dos óculos, a gigante de Cupertino está se concentrando na construção de uma versão mais barata do seu headset de AR/VR — cuja primeira versão ainda é esperada para este ano; a segunda, mais em conta, poderá estrear em 2024 ou no início de 2025. Esse modelo não tão caro, vale notar, já foi mencionado pelo analista Ming-Chi Kuo no ano passado.

Em comparação ao headset, os óculos de AR da Apple teriam um design mais leve e elegante. No entanto, a empresa teria adiado seu desenvolvimento depois de enfrentar problemas técnicos, segundo Gurman.

A mudança de planos ressalta os desafios que a Apple enfrenta ao entrar em uma nova indústria. A empresa está apostando que os dispositivos de AR e VR podem ser uma grande fonte de receita, mas os desafios técnicos de produzir um produto amigável ao consumidor atormentaram grande parte do mundo da tecnologia. O sonho inicial da Apple de oferecer um par leve de óculos de realidade aumentada que as pessoas pudessem usar o dia todo agora parece estar a muitos anos de distância — se é que vai acontecer.

Em setembro do ano passado, Gurman disse que a Apple possuía um cronograma de lançar pelos menos três dispositivos de AR/VR, o qual incluiria o primeiro e o segundo headsets, bem como os óculos de AR. Alguns analistas até mesmo apostaram que o último poderia substituir o iPhone ao longo desta década.

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Como dito, a empresa está se concentrando em um segundo headset de AR/VR, mais em conta — já que a primeira versão do dispositivo poderá custar cerca de US$3 mil, tornando-o exorbitantemente caro para os consumidores em geral.

Segundo os rumores, a Apple planeja usar muitos componentes de ponta na primeira geração do produto, o que pode explicar o alto valor. Isso inclui uma variedade de sensores, um SoC1System on a chip, ou sistema em um chip. equivalente ao de Macs, telas de alta resolução — e um design que pode gerar insatisfação pelos usuários, a começar pela bateria:

A bateria do headset também será incômoda, com a empresa optando por não incluí-la no próprio dispositivo para reduzir o peso e os riscos de aquecimento do produto usado na cabeça. A bateria se conectará ao headset por meio de um cabo e ficará no bolso traseiro do usuário. Criar um dispositivo leve com realidade aumentada avançada e uma bateria integrada que pode durar o dia todo não é viável com a tecnologia atual.

De acordo com informações do The Information, para a versão mais barata, a Apple pretende usar componentes econômicos usados no iPhone para manter o preço sob controle. Isso também pode incluir o uso de telas com resolução mais baixa e materiais mais baratos.

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Mais precisamente, a reportagem aponta que a Apple discutiu o preço do segundo headset em torno do mesmo valor de um iPhone — que atualmente varia de US$800 a US$1.600. A maioria dos dispositivos de realidade mista no mercado custam cerca de US$1.500, então a Apple também pode querer precificar a sua oferta no mesmo nível.

Também conforme o The Information, o headset ainda está em desenvolvimento ativo, com a empresa intensificando seus esforços desde o ano passado. Quase todos os mais de 1.000 grupos da Apple estão trabalhando nos dois primeiros modelos — no entanto, a empresa ainda não teria criado um protótipo funcional da segunda versão.

Por fim, alega-se que algumas equipes menores ainda estão estudando tecnologias que possam ser usadas em óculos de AR, caso a empresa decida lançá-los.

Notas de rodapé

  • 1
    System on a chip, ou sistema em um chip.

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