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Desenvolvedor usa GPT-3 para tornar a Siri “realmente inteligente”

Tada Images / Shutterstock.com
Siri no iPhone

Uma das principais críticas em relação à Siri se dá por sua dificuldade em entender certos comandos dos usuários, de modo que precisamos ser bastante claros e específicos para obter a resposta ou a ação esperada da assistente pessoal da Apple.

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Mas e se fosse possível fazer da Siri uma assistente virtual realmente inteligente? Bem, um desenvolvedor aparentemente chegou bem perto desse resultado ao combinar todo o poder do GPT-3 com o mecanismo de voz da Apple.

O GPT-3, para quem não sabe, é um modelo de aprendizagem da OpenAI capaz de produzir artificialmente textos semelhantes aos que um ser humano produziria. O nível textual produzido é tão grande que pode “enganar” até o mais atento dos leitores.

O experimento de Mate Marschalko consistiu em usar o aplicativo Atalhos (Shortcuts) no iPhone para fazer a ligação entre a Siri e o GPT-3 — o que permitiu que a inteligência artificial fosse usada para controlar (indiretamente) dispositivos inteligentes integrados ao HomeKit.

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Como explicou detalhadamente em uma publicação no Medium, ao fazer um comentário ou solicitação com a Siri usando a voz, o atalho responsável pela tecnologia enviava um prompt ao GPT-3 solicitando uma resposta em linguagem de máquina, a qual retornava ao app, onde era interpretada.

Com isso, foram executados comandos que permitiram tanto controlar dispositivos do HomeKit quanto gerar respostas “lidas” e ditadas pela Siri de forma bastante contextualizada — como se fosse uma conversa normal, sem o aspecto mecânico tão conhecido da assistente.

Como mostra um vídeo de teste publicado no Reddit, uma sentença para lá de vaga, como “Acabei de perceber que estou gravando este vídeo no escuro no escritório, você pode fazer algo?”, por exemplo, fez com que a luz do cômodo descrito fosse acesa.

YouTube video

A “nova” assistente foi capaz, até mesmo, de mudar a temperatura do quarto quando o desenvolvedor pediu para que ele ajustasse para uma que o ajudasse a dormir melhor — embora não tenha sido tão preciso quanto ele gostaria.

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O mais interessante de tudo é que essa engenharia não precisou ser programada com código, de modo que Marschalko apenas escreveu em inglês natural os tipos de solicitações que faria e a estrutura exata da resposta que o assistente deveria executar.

Pedi que ele se comportasse como uma IA senciente, dando conselhos até mesmo para perguntas pessoais. Eu também forneci alguns detalhes sobre a hora, a localização e os dispositivos/quartos na casa.

Embora este tipo de inteligência artificial seja suscetível a erros, é interessante observar o quão longe estão as assistentes pessoais de nossos aparelhos das possibilidades que já são uma realidade nesse universo.

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Será que é muito sonhar com a Siri fazendo algo parecido nativamente?

via 9to5Mac

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