A situação financeira das Big Techs parece não estar nada favorável no momento. Com exceção à Apple, as outras quatro integrantes do seleto grupo promoveram demissões em massa de funcionários nos últimos três meses.
A primeira da lista foi a Meta, que demitiu mais de 11 mil trabalhadores ainda em novembro do ano passado. Pulando para 2023, a Amazon cortou pelo menos 18 mil empregos no início do mês, enquanto a Microsoft anunciou a demissão de 10 mil pessoas na última quarta-feira (18/1).
Ainda ontem, foi a vez da Alphabet (empresa que controla o Google) completar a lista. A empresa anunciou que cortará cerca de 12 mil funcionários, o que equivale a 6% de sua força de trabalho total.
De acordo com o TechCrunch, a explicação para o número elevado de cortes em massa pode estar na quantidade de pessoas contratadas por essas empresas entre 2020 e 2021 — os anos mais severos da pandemia de COVID-19.
Um levantamento do site com base em dados do Macrotrends mostra que, enquanto a Amazon contratou 800 mil, a Alphabet 52 mil, a Meta 27 mil e a Microsoft 58 mil, a Apple elevou seu número de funcionários em “apenas” 17 mil pessoas durante o período supracitado.
Isso pode explicar a quantidade menor de demissões da Maçã, cuja última notícia envolvendo demissões “em massa” se deu em agosto do ano passado, quando a empresa anunciou a demissão de 100 recrutadores — em sua maioria, trabalhadores temporários.
De qualquer forma, esse número não é nada proporcional quando observamos a relação entre contratações e demissões de outras empresas — o que mostra que a situação da Apple é bem mais confortável que a das suas concorrentes.
O caso mais fácil para ilustrar essa desproporcionalidade é o da Meta, que teve apenas 10 mil contratações a mais que a Apple, mas dispensou 11 mil funcionários.
Por fim, há de se considerar também o congelamento nas contratações anunciado pela Maçã em novembro passado. Caso a redução não ocorresse, seria possível que a empresa tivesse que dispensar um número maior de funcionários a curto prazo.