O melhor pedaço da Maçã.
Craig Federighi apresentando o Bloqueio de Ativação

Revendedor reclama do Bloqueio de Ativação de MacBooks

O relato fornece mais detalhes sobre o processo de reutilização e reciclagem de Macs

Se alguém quer economizar ao comprar um novo MacBook — em especial em outros países, como nos Estados Unidos —, uma opção é comprar um modelo de segunda mão ou os chamados refurbished, os quais são dispositivos que foram devolvidos/reparados e estão sendo novamente comercializados.

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Como é possível imaginar, é necessário tomar alguns cuidados adicionais, tendo em vista que se trata de um aparelho que já foi usado por alguém anteriormente. A Apple tem um protocolo para revenda de Macs de segunda mão, bem como maneiras de proteger os dados de usuários caso o aparelho saia da sua posse.

Os computadores mais recentes da Maçã contam com o chip T2, cujos recursos estão integrados ao Apple Silicon. O componente viabiliza o funcionamento do Bloqueio de Ativação (Activation Lock), o qual permite que o dono de algum dispositivo o bloqueie remotamente em caso de perda ou roubo por meio da ferramenta Buscar (Find My).

Pois bem: de acordo com a coluna Motherboard, da VICE, John Bumstead, dono de uma loja de reparos e de revenda de Macs, reclamou dos procedimentos adotados pela Maçã com o Bloqueio de Ativação. Ele afirmou que esse recurso estaria “obrigando” computadores que poderiam ser reutilizados a servirem apenas de fonte de peças para reciclagem, já que não é possível desbloqueá-los sem o uso de maneiras ilegais e/ou antiéticas.

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Segundo Bumstead, uma prática adotada anteriormente pelas revendas era a substituição dos discos de armazenamento dos MacBooks antes de passá-los adiante. Todavia, a partir de meados de 2016, os drives de todos os laptops da Apple passaram a ser integrados à placa-mãe, inviabilizando sua substituição.

Ele adicionou, ainda, o fato de haver computadores descartados em massa por empresas e escolas. Isso dificulta algum contato com o dono para que o Bloqueio de Ativação seja desativado e, assim, torne-se possível revender os MacBooks.

Dessa forma, o revendedor defendeu que, com produtos que tenham ciclos de apenas três anos, a Apple, além de buscar fazer com que o usuário troque o seu aparelho por um mais novo, impede que os antigos sejam reutilizados.

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A história, porém, não é exatamente como Bumstead contou. Como lembrou o AppleInsider, usuários podem solicitar à Apple o desbloqueio de Macs comprados de segunda mão, bastando provar com o recibo que compraram de alguma loja ou em algum site. O próprio revendedor admitiu que a empresa de fato tem um sistema que permite a solicitação do desbloqueio — que é feito caso o dono original não se manifeste em 30 dias após o início do processo.

O problema, aqui, é que o dono da revendedora aparenta querer reutilizar MacBooks que foram destinados a reciclagem. Existe um processo de certificação, com centros habilitados para fazer isso, de modo que faz sentido que os Macs para esse fim mantenham o Bloqueio de Ativação ativado, já que apenas suas peças serão retiradas.

Esse desvio é uma das principais fontes de conflitos entre a Apple e revendedores — e é combatido pela empresa, já que tem um alto potencial de exploração indevida de dados pessoais de consumidores. É verdade que reutilizar aparelhos ainda funcionando é algo interessante, mas não de maneiras que vão de encontro a processos importantes para resguardar os usuários.

Também no contexto desse movimento de direito ao reparo, a empresa lançou no ano passado o Self Service Repair, serviço que permite aos usuários consertar (de maneira não muito complicada) seus próprios aparelhos, com o fornecimento de ferramentas e peças para substituição.

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