Há cerca de sete anos, surgiram provas de que o aplicativo do Facebook estaria drenando a bateria dos iPhones além do normal. O app chegou a receber uma atualização que prometia sanar o problema, mas isso continuou afetando os usuários.
Estando ou não relacionado a essa questão, agora surgiu um novo relato de um ex-funcionário da Meta afirmando que apps da empresa estariam consumindo a bateria dos smartphones propositalmente.
O cientista de dados George Hayward, que trabalhava na divisão do Facebook Messenger, contou ao New York Post sobre como os apps estariam drenando a bateria dos smartphones intencionalmente como parte do que chamam internamente de “negative testing” (“teste negativo”, em tradução literal). Nesses testes, a empresa executaria, além da interface normal, uma outra camada de avaliações de outros recursos no app, o que acaba exigindo mais do aparelho e consumindo mais bateria.
Assim, o ex-funcionário — que recebia anualmente seis dígitos por seu trabalho — se negou a realizar os testes e retrucou o gerente, reclamando que eles poderiam prejudicar alguém. A empresa, entretanto, insistiu afirmando que ao “prejudicar poucos, podemos ajudar grandes massas”. Alegando ter sido demitido por se recusar a participar dos testes, ele abriu um processo no Tribunal Federal de Manhattan contra a Meta.
O advogado Dan Kaiser ressaltou que a maioria das pessoas provavelmente não faz ideia de que as empresas de mídia social podem “esgotar a bateria de um celular intencionalmente”. Nas considerações do processo, ele especificou que isso pode colocar pessoas em risco, especialmente “em circunstâncias nas quais elas precisam se comunicar com outras pessoas, incluindo, entre outras, a polícia ou outras equipes de resgate”.
Apesar de o processo já ter sido retirado, o advogado afirma que Hayward mantém seus argumentos. A Meta foi procurada, mas não respondeu às alegações.
via TudoCelular