Após o lockdown que afetou as fábricas na China no ano passado, a Apple vem intensificando a busca pela diversificação geográfica da produção de iPhones e dos seus demais produtos. A Foxconn — principal fornecedora da Maçã — já investiu, por exemplo, US$500 milhões em fábricas na Índia, além do que parte da produção de MacBooks deverá passar para o Vietnã neste ano.
Ainda no Vietnã, a Foxconn fechou recentemente um contrato com a vietnamita Saigon-Bac Giang Industrial Park Corp para ocupar uma área de 45 hectares, por US$62,5 milhões. De acordo com o South China Morning Post, a ideia é suprir “necessidades operacionais e expandir a capacidade de produção”, segundo documentos fiscais.
A área fica na província de Bac Giang, a leste da capital Hanói, e o contrato tem vigência até 2057, mostrando que os planos são a longo prazo. No ano passado, conforme revelou a Reuters, a Foxconn também fechou um acordo no valor de US$300 milhões com a desenvolvedora vietnamita Kinh Bac City para expandir a produção atual no norte do país, onde já são produzidos AirPods e iPhones.
Como noticiamos, a receita da Apple caiu no primeiro trimestre fiscal do ano em comparação ao mesmo período do ano anterior. Uma das razões para isso foram os problemas enfrentados com lockdowns na China, o que afetaram até mesmo a receita da própria Foxconn.
Na conferência de apresentação dos resultados financeiros, o CEO1Chief executive officer, ou diretor executivo. da Apple, Tim Cook, referendou esses planos de diversificação de produção da empresa. Ele lembrou que as peças dos iPhones e demais produtos vêm de diversos países e que isso continuará a ser otimizado com o tempo.
Esse processo, contudo, não será nada fácil. Muito já foi investido nas fábricas chinesas, de modo que elas têm um nível bastante alto, demandando tempo para novos locais chegarem ao nível requerido pela Maçã. Apenas metade dos chassis de iPhones produzidos na Índia são aproveitados, por exemplo, mostrando parte desses desafios.
Sigamos acompanhando!
Notas de rodapé
- 1Chief executive officer, ou diretor executivo.