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Índia quer obrigar Apple e outras a permitir apagar apps nativos de smartphones

Bandeira da Índia com iPhone 14 Pro Max

Ao contrário da maioria das diferentes versões do Android, o iOS é bastante flexível quando o assunto é a exclusão dos aplicativos integrados do sistema. Enquanto que no sistema operacional do Google eles podem ser apenas “desativados”, no da Apple há a possibilidade de remover a maioria por completo — inclusive, com a necessidade de baixá-los na App Store caso você os queira de volta no dispositivo.

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Apenas alguns apps bastante básicos — e até mesmo “essenciais”, como Telefone, Safari, Fotos, etc. — não podem ser apagados, mas até mesmo eles estão na mira do governo da Índia, que pretende forçar as fabricantes de smartphones a permitir a exclusão de aplicativos nativos e a submeter todas as atualizações de sistema majoritárias a uma espécie de “triagem” antes que elas sejam liberadas.

Segundo a Reuters, que teve acesso a um documento do governo indiano, o pivô das novas regras são as preocupações com espionagem e abuso de dados dos usuários, sendo elas uma espécie de garantia de que nenhum país esteja explorando os aplicativos integrados para fins escusos. Segundo relatou um integrante do governo à agência de notícias, trata-se de uma “questão de segurança nacional”.

O Ministério da Tecnologia da Informação do país, inclusive, fez uma reunião a portas fechadas com representantes da Apple, da Xiaomi, da Samsung e da vivo, na qual foi abordado o fato de que “grande parte dos smartphones usados na Índia está tendo aplicativos/bloatwares pré-instalados, o que representa sérios problemas de privacidade/segurança da informação”.

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Para atestar que as empresas seguirão a determinação, o documento também indica a existência de uma triagem das principais atualizações de sistemas de tais fabricantes antes que elas sejam lançadas. Esse detalhe, no entanto, foi negado pelo ministro da tecnologia da informação do país, Rajeev Chandrasekhar, o qual afirmou que a notícia está “completamente errada” e que não haverá quaisquer “testes de segurança” ou “repressão”.

Obviamente, alguns aplicativos pré-instalados (como Câmera, Telefone e Ajustes) são de importância crítica para a experiência dos usuários e poderia ser muito danoso possibilitar que eles sejam apagados por completo do sistema. Esse é um dos pontos que preocupa um executivo do setor de telefonia pela agência, o qual sugere que o governo da Índia deve fazer uma distinção entre tais aplicativos na hora de realizar a “triagem”.

Outra preocupação é justamente com a possível existência de tais testes, os quais podem prolongar o tempo para a aprovação de novos smartphones no país — que é de 21 semanas (em média) atualmente. “É um enorme obstáculo à estratégia de entrada no mercado de uma empresa”, comentou o executivo.

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Por fim, o documento também estabelece o prazo de um ano para que as novas regras sejam cumpridas pelas fabricantes, que optaram não se pronunciar sobre o plano do governo indiano. Uma data para que ele entre em vigor — caso entre —, no entanto, não foi determinada pelos governantes do país.

Acompanhemos…

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