Quando o primeiro MacBook com Apple Silicon foi lançado, em 2020, era claro que haveria um grande impacto no mercado de computadores com o novo processador (M1), que usava a arquitetura ARM. E isso de fato ocorreu, como mostrou uma pesquisa da Counterpoint Research.
De acordo com um levantamento da consultoria publicado hoje, a Apple deteve 90% do mercado de computadores com chips ARM em 2022, que representaram, no ano passado, 14% do mercado total. A Intel ficou na liderança, com 70%, seguida pela AMD, com 17,6%.
Uma projeção incluída na pesquisa prevê que, em 2027, as máquinas com ARM corresponderão a 25% do total do mercado. A consultoria ressaltou que questões como uma maior compatibilidade nativa com aplicativos devem ser resolvidas para que seja conquistada uma maior participação no mercado.
Vários fatores foram apontados como vantagens da arquitetura ARM em relação à x86. A Counterpoint lembrou, por exemplo, que chips x86 geralmente são feitos para servirem a propósitos menos específicos. Os ARM, em contrapartida, permitem uma maior personalização, o que possibilita a realização de tarefas avançadas, graças aos números de maior poder de processamento e à maior quantidade de memória.
Também se destacam a maior eficiência energética e térmica de processadores ARM — aspectos que chamam bastante a atenção nos MacBooks com Apple Silicon. Outra importante vantagem são as capacidades de inteligência artificial mais avançadas do que as dos chips x86, como o Neural Engine da Apple, de modo a alcançar melhores resultados em atividades como aprendizado de máquina e reconhecimento de imagens.
A Counterpoint lembrou, ainda, de como chips ARM têm possibilitado a construção de máquinas cada vez menores e mais leves. Há, por exemplo, computadores que funcionam em estruturas parecidas com pendrives, assim como óculos de realidade virtual, os quais podem se beneficiar de processadores com a arquitetura supracitada.
via AppleInsider