A Apple vem buscando diversificar os locais onde seus produtos são produzidos, de modo a diminuir a dependência de fábricas localizadas na China. Como noticiamos ontem, a produção de MacBooks está sendo movida para países como Vietnã e possivelmente Tailândia. Os iPhones, desse modo, tampouco escapariam desse movimento.
Conforme já repercutido, a Maçã está apostando (e alto!) na Índia para suprir a sua demanda de produção de iPhones. Alguns analistas acreditam que o plano da empresa é alcançar a proporção de 25% de aparelhos feitos no país (em relação ao total de dispositivos produzidos) até 2025.
Embora não se saiba se será atingida essa ambiciosa meta, a produção na Índia está crescendo. De acordo com a Bloomberg, estão sendo produzidos no país hoje 7% dos iPhones, o que corresponde a um valor de US$7 bilhões (cerca de R$34,5 bilhões). A título de comparação, em 2021, a nação produzia apenas 1% dos smartphones da Apple.
Além disso, com os próximos iPhones, pela primeira vez os aparelhos deverão ter a sua fabricação iniciada em dois países diferentes ao mesmo tempo — isto é, na Índia e na China, onde ainda é feita a maior parte dos dispositivos. Mesmo que a produção dos modelos mais avançados fique restrita às fábricas chinesas, considerando as dificuldades de transferir a produção, nota-se um sensível avanço nesse processo e em relativo pouco tempo.
Vale lembrar que esse processo de transferência tem um alto potencial de impacto em diversos aspectos. Além de, a longo prazo, mexer com a quantidade de empregos na China (diminuindo) e na Índia (aumentando), a Apple já está, por exemplo, buscando mudanças nas leis trabalhistas indianas de modo a permitir o funcionamento contínuo de grandes fábricas em dois turnos.
A própria Foxconn — principal fornecedora da Apple — também está incorporando essas necessidades da Maçã em seu modelo de negócios. A dona da cadeia de fábricas planeja investir cerca de US$700 milhões na construção de uma unidade de produção no sul da Índia para comportar a demanda dos iPhones.
Não é possível afirmar se as ambiciosas metas da gigante de Cupertino serão atingidas nos períodos estimados. Todavia, podemos ver como as transformações estão ocorrendo — e a passos consideravelmente largos. Com certeza, o governo chinês reagirá tentando frear essa transferência da produção, restando saber se será suficiente para mudar o curso dos fatos.
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