Mantendo a tendência de 2021, a Apple continuou em primeiro lugar no mercado de aparelhos recondicionados no ano passado. Mais do que conservar a posição, a empresa alcançou, em 2022, quase metade (49%) de todo o mercado — que cresceu 5% como um todo no mesmo período, apesar de uma queda de 17% na China.
De acordo com uma pesquisa da Counterpoint Research, se não fosse por essa queda nas vendas de recondicionados no mercado chinês — que é um dos maiores do mundo —, o aumento no número total teria sido ainda maior. A Índia liderou o crescimento no setor, com um aumento de 19% entre 2021 e 2022, seguida pela América Latina com 18%.
Em termos de fabricantes, a Apple mais uma vez liderou as estatísticas tanto de participação no mercado quanto de crescimento anual. Detendo 49% das vendas de recondicionados, o volume global da empresa cresceu 16% em 2022, em relação aos 44% de 2021. A Maçã, segundo a Counterpoint, é a fabricante que mais contribui para o aumento das vendas de aparelhos na referida condição.
A Samsung, por sua vez, diminuiu sua participação no mercado em dois pontos percentuais entre um ano e outro. Isso ocorreu devido a uma pequena migração de usuários do Android para o iOS; essa tendência deverá continuar neste ano, afetando as vendas da sul-coreana.
A demanda por esses aparelhos vem tanto de novos compradores de smartphones (em mercados maduros), pessoas mudando de celulares simples para outros mais avançados, além do comércio informal. Já a oferta dos produtos advém de varejistas, operadoras de alguns países e das próprias fabricantes, que têm dificuldade em coletar e revender os aparelhos.
A pesquisa mostrou, ainda, que os consumidores estão preferindo aparelhos recondicionados mais avançados, o que aumentou o preço médio de venda, bem como os volumes de trade-in. Além disso, a demanda por aparelhos 5G também subiu — correspondendo, no ano passado, a 13% desses dispositivos.
Por fim, a consultoria afirmou que operadoras estão coletando cada vez mais aparelhos de segunda mão, bem como as empresas (exceto a Apple) enfrentam dificuldades em vender aparelhos seminovos. No caso da Maçã, aspectos como o valor da marca atraem consumidores a adquirirem aparelhos recondicionados, ainda que com pequenos defeitos estéticos, por exemplo, aproveitando o custo mais baixo.
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via AppleInsider
