O Google deu início hoje o seu evento anual, o I/O. Diretamente do Shoreline Amphitheatre, na Califórnia (Estados Unidos), a gigante da Mountain View apresentou ao público três novos dispositivos que prometem “levar a utilidade do Pixel a mais lugares”, como ela mesma disse.
Entre os hardwares anunciados pela companhia, estão o Pixel Fold (primeiro telefone dobrável do Google), o Pixel 7a (o mais barato dos smartphones da empresa, inspirados na versão do ano anterior) e o Pixel Tablet (um dispositivo que também funciona como um smart display para casa).
Eis as novidades apresentadas pelo Google hoje e suas principais especificações:
Pixel Fold
Ele já havia “dado as caras” na semana passada, mas hoje o Google oficializou sua entrada no mercado dos dispositivos dobráveis com o Pixel Fold.
O aparelho possui uma tela externa de 5,8 polegadas (2092×1080 pixels) e uma tela interna de 7,6 polegadas (2208×1840 pixels) quando desdobrado, ambas utilizando painéis OLED de 120Hz com suporte a HDR.
Assim como o Samsung Galaxy Z Fold, o dobrável do Google oferece a conveniência de uma tela frontal para tarefas rápidas e pode ser desdobrado para uma experiência parecida com a de um tablet.
Dobrá-lo, por exemplo, permite assistir a vídeos na metade superior enquanto os controles de reprodução ficam na inferior. Durante a apresentação, a empresa demonstrou o uso simultâneo de ambas as telas, incluindo a capacidade de exibir um texto traduzido na tela de fora enquanto as consultas são feitas do outro lado.
O Pixel Fold conta com o poder do chip Tensor G2 — o mesmo do Pixel 7 Pro, lançado no ano passado — e vem em duas cores: branco e preto. O dispositivo também conta com uma câmera principal de 48 megapixels, uma ultra-angular de 10,8MP e uma telefoto de 10,8MP com zoom óptico de 5x.
Segundo o Google, o aparelho tem 6mm de espessura quando aberto e 12,1mm quando fechado; o dispositivo pesa 283 gramas. Com preço de US$1.800, por ora, a pré-venda do aparelho está restrita a poucos países.
Pixel 7a
Outro destaque da I/O 2023 foi o Pixel 7a — mais um daqueles modelos inspirados na versão do ano anterior, com um preço mais “acessível”. E o recém-anunciado dispositivo não é exceção.
A grande novidade do Pixel 7a está na câmera principal de 64 megapixels, que agora possui um novo sensor 72% mais amplo, permitindo a entrada de mais luz em comparação à versão anterior. Esse sensor de alta resolução marca a estreia do recurso Super Res Zoom, que utiliza o zoom digital nas imagens para um melhor foco.
O aparelho possui uma tela de 6,1 polegadas, semelhante ao tamanho do iPhone 14, mas se diferencia pelo painel OLED (1080×2400 pixels), que agora suporta uma taxa de atualização variável de até 90Hz. Assim como o modelo mais premium, ele é equipado com o Tensor G2, o chip proprietário do Google.
O Pixel 7a possui uma bateria com duração de “até 24 horas” de uso padrão e “até 72 horas” com a configuração de bateria extrema. Há suporte para carregamento rápido de até 18W (com fio) e até 7,5W (sem fio). Além disso, o Google afirma que o dispositivo conta com suporte ao 5G, 8GB de memória e 128GB de armazenamento.
O Pixel 7a apresenta um acabamento metálico brilhante na barra ao redor das câmeras e não utiliza mais vidro na tampa traseira. Ele vem nas seguintes cores: carvão, neve, mar e coral. Além disso, possui uma combinação de alumínio reciclado, display protegido pelo Gorilla Glass 3 e classificação IP67 contra água e poeira.
O Pixel 7a será lançado amanhã nos seguintes países: Alemanha, Austrália, Canadá, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, França, Índia, Irlanda, Itália, Japão, Noruega, Países Baixos, Reino Unido, Singapura, Suécia e Taiwan. Nos EUA, o preço será de US$500.
Pixel Tablet
Apesar de já ser esperado desde o ano passado, o Pixel Tablet foi oficialmente anunciado pelo Google apenas hoje. O dispositivo marca a mais nova empreitada da companhia no mercado de tablets e se destaca, além de tudo, por funcionar também como um smart display.
O Pixel Tablet possui uma tela LCD de 10,95 polegadas com proporção de 16:10, resolução de 2560×1600 pixels e brilho de 500 nits. Ele conta com bordas levemente grossas e está disponível nas cores preta ou branca, abrigando uma câmera frontal de 8 megapixels.
Assim como os smartphones da empresa, o vidro Gorilla Glass 3 com revestimento antirreflexo protege a tela. Em uma das laterais, há um botão de energia com sensor de impressão digital, juntamente a um controle de volume.
Na parte de trás, há uma câmera de 8 megapixels. Já a câmera frontal é otimizada para videochamadas e oferece recursos como Modo Retrato e enquadramento contínuo no Google Meet. Ambas conseguem gravar em 1080p a 30qps e não é possível desbloquear o dispositivo usando o reconhecimento facial.
A tampa traseira possui cantos arredondados e um revestimento de nanocerâmica com um aspecto fosco. Abaixo do logotipo, na parte de trás, há quatro conectores, usados para encaixar o tablet ao Charging Speaker Dock.
Quando plugado, tudo que estiver tocando no Pixel Tablet, por exemplo, será transferido automaticamente para o alto-falante do dock, que oferece quatro vezes mais graves em comparação com os alto-falantes do tablet.
Vale mencionar também que o Pixel Tablet é recarregado através do dock, pois ele não acompanha um adaptador de energia USB-C. Ele possui uma bateria de 27Wh, que oferece até 12 horas de streaming de vídeo com uma única recarga.
O Pixel Tablet vem com o chipset Tensor G2, tem 8GB de RAM e pode ser equipado com até 256GB de armazenamento. Ele conta com suporte a Wi-Fi 6, Bluetooth 5.2 e Ultra-Wideband (UWB), e estará disponível em três cores: porcelana, avelã e rosa.
A pré-venda do tablet já está disponíveis em 11 países (Alemanha, Austrália, Canadá, Dinamarca, EUA, França, Holanda, Japão, Noruega, Reino Unido e Suécia), mas ele só será lançado em 20 de junho.
A versão de 128GB custa US$500, enquanto a variante de 256GB sai por US$600 — já com o Charging Speaker Dock na caixa, o que é ótimo.
Infelizmente, dado o histórico do Google, não deveremos ver nenhum dos dispositivos chegando ao Brasil. No entanto, vamos torcer para que estejamos enganados e que a empresa demonstre seu interesse em iniciar as vendas deles (ou alguns dos aparelhos) em terras tupiniquins.
Alguém aí se interessou por algo?