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Meta Quest Pro

Confronto de headsets: Apple Vision Pro vs. Meta Quest Pro

A indústria da tecnologia está agitada com as novidades da Apple e da Meta, dado que as empresas estão investindo cada vez mais no mercado de headsets de realidade mista (AR/VR).

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Embora os aparelhos em si possam parecer semelhantes, as ideias por trás deles são bem distintas. Por isso, vamos dar uma olhada mais detalhada para entender melhor como o Apple Vision Pro e o atual esforço da Meta em headsets se comparam.

Na semana passada, vale lembrar, a Maçã oficializou sua entrada no mundo da realidade mista com o Apple Vision Pro — e isso é muito importante para ela. Em vez de se limitar a dispositivos móveis e computadores, a empresa está criando uma plataforma totalmente nova para proporcionar uma experiência inédita.

Enquanto isso, a Meta, sabendo bem dos avanços da Apple, anunciou o Meta Quest 3 poucos dias antes da WWDC23. Mark Zuckerberg, inclusive, não deu muita importância para o Vision Pro, dizendo que a Apple não trouxe “soluções mágicas” que a Meta já não estivesse explorado.

O CEO1Chief executive officer, ou diretor executivo. da Meta ainda destacou que ambos os headsets têm valores e visões diferentes, e que a ideia da Maçã de uma experiência solitária no sofá não se encaixa na visão da dona do Facebook para o futuro da tecnologia.

Para entender as disparidades no pensamento entre as duas gigantes da tecnologia, é essencial examinar os designs e as funcionalidades de seus headsets.

Design

É inegável dizer que o Apple Vision Pro tem um aspecto premium e elegante, com um vidro laminado acoplado a uma estrutura de liga de alumínio. Além disso, o uso de materiais trançados, uma alça substituível com um ajuste de encaixe dão ao headset uma estética única.

Os headsets da Meta, por outro lado, priorizam a acessibilidade e a riqueza de recursos em detrimento de um visual premium.

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O Quest Pro, dispositivo que compararemos diretamente, opta por uma construção leve, feita em plástico. Os modelos mais baratos utilizam tiras elásticas simples para fixar o headset, adotando uma abordagem mais econômica em termos de usabilidade.

Meta Quest Pro

Ainda assim, a Meta resolve o problema do peso do headset colocando a bateria na parte de trás do Quest Pro, equilibrando com o do dispositivo. Já a Apple adota uma abordagem diferente, com uma bateria separada, conectada via cabo, que precisa ser colocada no bolso.

Telas

Quando se trata de sistemas de exibição, dispositivos de alta qualidade geralmente oferecem melhores visuais, e isso também se aplica aos headsets de realidade mista.

O Vision Pro tem telas Micro-OLED com cores supernítidas e uma qualidade de imagem incrível. As cores são vibrantes e reais, e a taxa de atualização pode chegar a até 96Hz. A Maçã também colocou uma tela do lado de fora do headset para que outras pessoas possam ver uma representação dos seus olhos — ou, então, uma animação indicando que ele está imerso em realidade virtual.

Apple Vision Pro de frente

Já o Meta Quest Pro tem telas LCD, que são boas o suficiente para mostrar imagens decentes, mas elas podem não ser tão incríveis quanto as do Vision Pro.

Para compensar, o Quest Pro tem uma taxa de atualização de 120Hz e suporta uma ampla gama de cores, o que torna a experiência muito imersiva. Vale destacar, contudo, que ele não tem uma tela do lado de fora, então fica mais difícil compartilhar a experiência com outras pessoas e entender o que o usuário está vendo.

Capacidades de sensoriamento

O rastreamento preciso dos movimentos e a detecção de gestos são fatores cruciais para uma experiência imersiva e interativa em headsets de realidade mista. O Apple Vision Pro tem sensores avançados, como acelerômetros, giroscópios e magnetômetros, que ajudam a rastrear os movimentos da sua cabeça e do seu corpo.

Além disso, ele tem sensores ópticos que acompanham com precisão os movimentos das suas mãos, o que permite interagir de forma natural com o mundo virtual. E as câmeras coloridas de alta resolução capturam imagens do seu rosto, o que deixa a experiência de realidade aumentada ainda mais incrível.

O Apple Vision Pro usa câmeras e sensores de alta qualidade para acompanhar seus movimentos com precisão. Ele tem uma câmera especial na frente, chamada TrueDepth, que pode reconhecer seu rosto e mapear o ambiente ao seu redor usando luz infravermelha.

O dispositivo também possui um scanner LiDAR, que ajuda a criar um mapa em 3D do ambiente em tempo real. Essa tecnologia avançada permite que o Vision Pro funcione bem mesmo em locais com pouca luz, proporcionando uma experiência de realidade aumentada de alta qualidade.

Controles

Os mecanismos de controle desempenham um papel crucial na entrega de uma experiência intuitiva e contínua ao usuário em headsets de realidade mista. A Apple está fazendo algo muito interessante com o Vision Pro, pois não é preciso controles físicos para usar o headset.

Em vez disso, você pode usar gestos naturais, movendo as mãos e olhando para os elementos que deseja interagir. O headset tem sensores especiais que detectam esses movimentos e sabem exatamente onde você está olhando.

Além disso, a Apple adicionou uma Digital Crown na parte superior direita do headset. Com ela, o usuário poderá girar para fazer ajustes e mudar entre a realidade aumentada e a realidade virtual.

A Meta, por outro lado, depende muito dos controles para interação dentro do ambiente virtual. Embora o Quest Pro suporte algumas capacidades de rastreamento de mãos, os controles continuam sendo o principal meio de interação na maioria das aplicações.

Consumo e produtividade

Tanto a Apple quanto a Meta reconhecem o potencial dos headsets de realidade mista além dos jogos e entretenimento, visando criar plataformas que melhorem a produtividade e a colaboração. A Maçã, por exemplo, posiciona o Vision Pro como uma ferramenta para aproveitar melhor conteúdos e ser mais produtivo.

Com ele, é possível trazer a tela do Mac para dentro do ambiente virtual, o que torna as videochamadas e a realização de várias tarefas mais envolventes e pessoais. A qualidade visual em realidade aumentada do headset melhora a colaboração e permite que você integre facilmente conteúdos digitais em situações do mundo real.

Já o Quest Pro da Meta funciona de uma forma um pouco diferente. Ele precisa de um aplicativo que você instala no seu Mac para poder usar o headset. Esse aplicativo cria um ambiente virtual onde você pode ver as suas telas e fazer suas atividades.

No entanto, uma diferença importante é que, ao se comunicar com outras pessoas, você usa avatares animados, como personagens de desenho animado, em vez de mostrar o seu rosto real. Isso pode não oferecer a mesma sensação de conexão pessoal que a abordagem da Apple, onde você vê um avatar realístico das pessoas com quem está interagindo.

Gerenciamento da realidade mista

Headsets de realidade mista inevitavelmente levantam preocupações sobre como os usuários interagem com o mundo físico e como são percebidos pelos outros.

A Apple resolve essas preocupações ao incluir telas externas que mostram algo para as pessoas ao redor do usuário. A tela externa do Vision Pro mostra uma imagem digital do rosto do usuário, permitindo que as pessoas o reconheçam e interajam com ele. Além disso, os olhos do usuário no Vision Pro dão sinais discretos e pistas visuais para as pessoas ao seu redor.

A forma como a Meta lida com a interação com o mundo real é um pouco diferente. Embora ela permita uma visão limitada do mundo ao redor, pode não ser fácil para as pessoas perceberem se o usuário está envolvido no ambiente virtual.

Conclusão

Em resumo, os headsets Apple Vision Pro e Meta Quest Pro seguem caminhos diferentes em termos de aparência, tela, sensores, controles, recursos de trabalho e como lidam com o mundo real. O preço também é um fator de disparidade: US$3,5 mil contra US$1 mil, respectivamente.

Fato é: o dispositivo da Apple busca oferecer uma experiência premium, com telas de alta qualidade, tecnologia de sensores avançada, interação sem controles e foco em trabalho e colaboração. Já os headsets Quest da Meta visam ser acessíveis, com suporte a rastreamento de mãos e controles, e são mais voltados a jogos e entretenimento.

Conforme a competição esquenta no mercado de headsets de realidade mista, vai ser muito interessante ver como essas duas grandes empresas de tecnologia continuarão a inventar e explorar os limites do que é possível nas realidades aumentada e virtual.

As pessoas que usam esses produtos e aqueles que acompanham a indústria estão animadas para ver esses headsets sendo lançados e experimentar o que o futuro da computação tem a oferecer.

via AppleInsider

Notas de rodapé

  • 1
    Chief executive officer, ou diretor executivo.

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