Dados recentes da Accenture mostram que o número de agentes maliciosos que miram o macOS cresceu 10 vezes desde 2019. Notavelmente, o total subiu de 202, há quatro anos, para 2.295 em 2023; a maioria dos ataques, vale notar, ocorreu nos últimos 18 meses.
O foco no sistema pode ser fruto da sua crescente adoção, particularmente em ambientes corporativos — já que, segundo pesquisas, o uso de Macs nas empresas saltou de 17% para 23% somente entre 2019 e 2020.
Dentre as atividades realizadas pelos criminosos, estão a criação de malwares específicos, o uso indevido de certificados, a exploração de vulnerabilidades e as tentativas de contornar as defesas de segurança do sistema.
Além disso, exploits zero-day para macOS são incomuns, por isso, seu valor de mercado é alto, podendo chegar à casa dos milhões de dólares; por outro lado, um malware vale alguns milhares. Já no Windows, onde eles são mais encontrados, costumam ser mais baratos.
A Accenture demonstrou preocupação com crackers que têm recursos financeiros e tentam burlar as medidas de segurança do sistema, como o Gatekeeper. Alguns estão oferecendo até US$1 milhão para quem descobrir uma forma de invadi-lo.
Ainda no relatório, a Accenture prevê um aumento nos ataques ao macOS. O levantamento diz que, como crackers habilidosos e com dinheiro estão focando no sistema, as formas de ataque disponíveis na chamada dark web vão crescer.
Por isso, é aconselhável aos usuários atualizarem seus SOs e apps, além de manterem boas práticas de segurança online. Afinal, esses processos simples podem frustrar ameaças potenciais antes que elas se transformem em problemas maiores. 😉
via AppleInsider
ERRATA10/08/2023 às 16:00
Erramos em dizer que a pesquisa da Accenture indica o aumento no número de ataques ao macOS. Na verdade, o levantamento diz que a quantidade de agentes maliciosos que visam o sistema cresceu 10 vezes desde 2019, e não necessariamente que os ataques ao sistema subiram na mesma proporção.