A Apple removeu da App Store pelo menos dez aplicativos sociais apontados pelo site The App Danger Project como “potencialmente perigosos para crianças”. Criado pelo cientista da computação Brian Levine, o projeto usa inteligência artificial para encontrar comentários com termos relacionados a pornografia infantil ou pedofilia nas avaliações de apps na App Store e no Google Play.
Em reportagem do The New York Times, Levine afirmou que a ideia do The App Danger Project nasceu da falta de recursos (como pesquisa por palavras-chave nas avaliações) para ajudar pais a avaliar se um aplicativo é ou não seguro para seus filhos. O site lista atualmente 182 aplicativos que têm pelo menos um comentário relacionado aos termos supracitados — o que não significa, necessariamente, que todos eles sejam realmente inseguros.
Possuindo um campo de pesquisa e ordenando os aplicativos do que tem o maior número de comentários problemáticos ao que possui menos, o App Danger permite clicar no nome de qualquer um dos sites listados — o que exibe tanto a quantidade quanto as avaliações propriamente ditas. O Whisper é o líder nessa lista, contando com mais de 100 comentários do gênero apenas na App Store.
Tanto a Apple quanto o Google afirmaram ao jornal que inspecionam regularmente avaliações de usuários com seus próprios algoritmos, os quais incluem investigações referentes a abuso sexual infantil. A Maçã, inclusive, afirmou ter removido dez dos apps listados pelo App Danger — embora tenha se recusado a fornecer quais foram eles e por quais razões tomou a decisão de excluí-los da sua loja de aplicativos.
“Nossa equipe de revisão de aplicativos trabalha 24 horas por dia, 7 dias por semana para revisar cuidadosamente cada novo aplicativo e atualização para garantir que ele atenda aos padrões da Apple”, disse um porta-voz da empresa, que, de fato, vem tomando algumas decisões visando combater a pedofilia e a pornografia infantil — como o recém-lançado recurso Segurança na Comunicação.
Por outro lado, já mostramos como a Apple pode ignorar denúncias de usuários referentes a conteúdos relacionados a tais temas — ou, até mesmo, fazer “vista grossa” quando o assunto são apps que potencialmente podem favorecer a prática de crimes virtuais envolvendo crianças.
via 9to5Mac