Uma das maiores diferenças entre uma interface controlada por mouse e uma controlada por toques é que a tecnologia de touchscreens usada hoje ainda não é capaz de identificar ações de hover, ou seja, quando você aponta um determinado elemento sem interagir com ele. Pois bem, “ainda” é uma palavra-chave na frase anterior que pode cair por terra se estar patente da Apple se concretizar.
O invento nela contido descreve métodos para que os componentes de uma tela sensível ao toque sejam capazes de expandir e mensurar um campo eletromagnético que se estende para além da superfície do display. Além de permitir interação sem toque, esse invento pode ser aplicado para possibilitar interação com elementos da interface a partir de toques além dos limites da touchscreen — pense “bordas interativas” [1, 2].
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Um outro invento, também relacionado com tecnologias para displays, revisita a ideia de algo como vidro colimado. Vários tipos de cobertura são descritos, além desse, incluindo ulexita e até materiais microperfurados preenchidos com substâncias dotadas de propriedades ópticas específicas.
Tudo isso para melhorar a clareza da imagem e a qualidade da detecção de toques em sensores inseridos nas telas.
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Nem mesmo os produtos de menor sucesso e maior obviedade escapam das patentes da Apple: num documento de junho de 2008, a Maçã descreve o funcionamento da Ping, rede social musical na iTunes Store. “Mas como pode uma patentes dessas existir?”, você deve se perguntar. O segredo é dar voltar em torno do tema.
O título original do documento é “Network-assisted remote media listening”, o que indica que ele se refere a um sistema para que usuários tenham acesso remoto a suas bibliotecas de mídia (por que isso soa muito mais interessante que a Ping em si?), mas descrevendo um espaço particular para cada usuário, combinando assim as funções de reprodutor de mídia e de rede social simultaneamente.
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No que pode indicar encrenca para o lado da Adobe e/ou da Wacom, um invento da Apple descreve um sistema para simular pinceladas realistas em um programa de desenho usando um ponto de ancoragem ajustável tanto em computadores tradicionais quanto em gadgets com touchscreens.
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Outras patentes registradas incluem a interface do Automator, o sistema de correção de cor do Final Cut Pro e um sistema de seleção dinâmica de operadoras de telefonia celular.
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E, caso você não tenha entendido o título deste post (ou pensado que ele foi escrito num iPhone e alterado pelo sistema ma-ra-vi-lho-so de autocorreção), veja só esta música composta por Jonathan Mann, criador de jingles extraordinário responsável também pela trilha sonora do “Antennagate”:
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[via 9 to 5 Mac]