Ashley Gjøvik, ex-funcionária da Apple, entrou com mais uma ação contra a empresa — desta vez sob a Lei Federal das Organizações Corruptas e Influenciadas, conhecida nos Estados Unidos como RICO Act.
O processo visa responsabilizar a Maçã por uma suposta retaliação contra Gjøvik após sua demissão, em setembro de 2021. Com o prazo de dois anos para possíveis reivindicações civis se aproximando, agora ela busca fazer valer suas queixas.
Ainda não tenho decisões finais sobre minhas acusações de retaliação contra a Apple e meu prazo de dois anos para muitas das minhas possíveis reivindicações civis está se esgotando amanhã.
Portanto, eu entrei com um processo civil ontem. Decidi que se eu tivesse que enfrentar a Apple no tribunal de qualquer maneira e tivesse apenas uma verdadeira chance de responsabilizar a Apple por tudo o que fizeram comigo, era melhor incluir tudo — e foi o que fiz.
Na prática, a ação abrange assuntos relacionados à retaliação contra denunciantes sob leis federais como a Sarbanes-Oxley (ou SOx)e a Dodd-Frank, que visam proteger funcionários que denunciam irregularidades financeiras em empresas dos EUA.
Gjøvik entrou com a ação na Califórnia — não à toa, mas devido a reivindicações específicas relacionadas às leis do estado. Entre elas, estão a Lei de Proteção a Denunciantes e algumas Leis dos Direitos Civis.
Entre outras alegações no processo, estão supostas violações da Lei FTC (Federal Trade Commission Act), a qual proíbe práticas comerciais injustas e enganosas nos EUA, incluindo o uso indevido de dados.
Por último, Gjøvik acusa a Apple de cometer diversas ações ilegais, dentre elas fraudes eletrônicas, uso indevido dos serviços postais, práticas enganosas relacionadas a investimentos financeiros, suborno e extorsão.
A ação foi apresentada em 7 de setembro de 2023, no Tribunal Distrital dos Estados Unidos no Distrito Norte da Califórnia, e exige um julgamento. Até o momento, a Apple não se pronunciou sobre o assunto.
via AppleInsider