O acordo bilionário entre a Apple e o Google para que o serviço de pesquisa permaneça como padrão do Safari nos dispositivos da Maçã continua rendendo. De acordo com a Bloomberg, o vice-presidente sênior de serviços da Maçã, Eddy Cue, chegou a conversar com executivos da Microsoft para discutir uma possível compra do Bing, motor de buscas da empresa fundada por Bill Gates.
De acordo com fontes anônimas do site, o grande dinheiro que a Apple ganha graças ao acordo com o Google teria sido o fator-chave para que possíveis negociações não se concretizassem. Elas, na verdade, nunca chegaram a um estágio avançado, se resumindo mais em conversas de tom exploratório.
Além do fator dinheiro, preocupou também à Apple a capacidade do Bing de competir de igual para igual com o Google. Foi algo destacado pelo próprio Cue em depoimento recente no julgamento que avalia se a subsidiária da Alphabet abusa de seu poder como o maior serviço motor de buscas do mercado.
As conversas entre a Apple e a Microsoft teriam acontecido por volta de 2020, aproximadamente um ano antes da renovação do acordo com o Google. Entre 2013 e 2017, a Maçã havia usado o Bing para fornecer pesquisas para a Siri e para o Spotlight — e a experiência com o buscador pode ter contado na tomada de decisões da empresa.
De qualquer forma, mesmo que Cue tenha afirmado que o Google é o buscador padrão dos iPhones por ser o melhor, um executivo da Microsoft insinuou que a Apple usa o Bing como “moeda de troca” na hora das negociações com a concorrente — o que, de certa forma, contradiz as falas do executivo da Maçã.