A Netflix anunciou hoje que deixará de oferecer o plano Básico no Brasil. A medida, que também será adotada em países como Alemanha, Espanha, Japão, México e Austrália, já havia sido colocado em prática em mercados como Estados Unidos e Reino Unido — consolidando a decisão da empresa de focar em outros planos (como o com anúncios).
O plano Básico é o mais barato a oferecer acesso ilimitado a filmes, séries e jogos da plataforma sem publicidade. Possibilitando assistir aos conteúdos da empresa em qualidade HD (720p), ele custa hoje R$26 mensais e permite usar um aparelho por vez — tanto para baixar quanto para reproduzir.
Muito em breve, quem quiser usar a Netflix sem anúncios terá que investir minimamente no plano Padrão, que custa R$40 mensais e permite assistir a conteúdos em Full HD (1080p) em até dois aparelhos. O plano Premium, por sua vez, permite assistir em Ultra HD (4K) e usar a plataforma em até quatro aparelhos por R$56 mensais.
A opção para conectar a plataforma em outros aparelhos, vale recordar, é limitada a dispositivos em uma única residência. Caso o usuário pretenda adicionar assinantes extras, será necessário pagar uma taxa adicional de R$13 mensais por cada um deles — até dois no plano Premium ou um no plano Padrão.
A descontinuação do plano Básico deverá entrar em vigor na próxima semana e, pelo menos de início, deverá atingir apenas potenciais novos assinantes do serviço — ou seja, quem assina o plano ainda poderá continuar nele (veremos até quando).
Acha os planos da Netflix caros? Pois isso pode piorar…
Na esteira desse anúncio, a Netflix aumentou os preços das assinaturas nos EUA, no Reino Unido e na França. Na terra do Tio Sam, inclusive, esse é o segundo aumento em 2023! Por lá, os aumentos atingiram os planos Básico e Premium, que saltaram de US$10 para US$12 mensais e de US$20 para US$23 mensais, respectivamente.
Mesmo que nenhuma alteração nesse sentido tenha sido anunciada para o Brasil, não será surpresa caso a empresa também aumente os preços dos seus planos de assinatura por aqui nos próximos meses.
Crescimento inesperado
Embora decisões como a cobrança pelo compartilhamento de senhas tenham se mostrado impopulares quando anunciadas, elas efetivamente foram benéficas para os cofres da Netflix.
De acordo com a Bloomberg, a empresa deverá finalizar este ano com mais de 20 milhões de novos assinantes — mais que o dobro do número de 2022, quando o serviço registrou menos de 9 milhões de novas assinaturas.
O plano com anúncios também vem se mostrando bem-sucedido, com aumentos sucessivos de quase 70% na adesão dos usuários a cada trimestre.
via Estadão