O Japão está planejando mudar as regras de pagamento de impostos para as empresas estrangeiras que vendem aplicativos no país. Atualmente, são elas quem precisam pagar as taxas sobre suas vendas, mas muitas têm conseguido evitado essa obrigação.
A proposta sugere que, em vez de cobrar diretamente dessas organizações, as plataformas que vendem os apps (leia-se: Apple e Google) assumam a responsabilidade; a ideia é tornar mais fácil controlar esses pagamentos.
Em muitos lugares, ao comprar algo, os impostos já estão incluídos no preço final, e o vendedor repassa esse dinheiro ao governo. Na App Store, por exemplo, a Maçã desconta os impostos do valor que os desenvolvedores ganham antes de repassar a parte deles.
No Japão, são os desenvolvedores que precisam cuidar dessa parte mais burocrática. Isso complica a vida dos desenvolvedores estrangeiros e, se eles não têm um negócio físico por lá, não conseguem lidar bem com essas taxas.
De acordo com o Nikkei Asia, a intenção é garantir que todas as companhias, sejam japonesas ou estrangeiras, contribuam de maneira justa com os impostos, à medida que o mercado de aplicativos continua crescendo no país.
O mercado de aplicativos no Japão deverá atingir US$29,2 bilhões neste ano, um aumento de cerca de 50% desde 2018, de acordo com um relatório do Ministério das Comunicações. Uma previsão indica que esse valor poderá chegar a US$30,6 bilhões em 2025.
Os detalhes sobre como isso funcionará serão discutidos entre o governo e os partidos até o final deste ano. As mudanças, contudo, estão sendo pensadas para entrar em vigor em 2025, dando tempo para que todas as empresas se adaptem.
via AppleInsider