Informações do Axios dão conta de que a Apple teria decidido suspender a veiculação de anúncios no X (ex-Twitter) após o dono e ex-CEO1Chief executive officer, ou diretor executivo. da rede, Elon Musk, endossar nesta semana uma postagem antissemita feita na plataforma, a qual acusava falsamente a comunidade judaica de incitar o ódio contra pessoas brancas.
Essa suposta decisão também vem poucos dias depois de um relatório da organização sem fins lucrativos Media Matters mostrar que anúncios de empresas como Apple, Amazon, Oracle e IBM estavam sendo exibidos junto a conteúdos de extrema-direita no X, o que incluía postagens exaltando Adolf Hitler e a Alemanha nazista. A IBM, inclusive, já confirmou que parou de veicular anúncios na rede social.
As empresas supracitadas também foram pressionadas por um grupo de 164 rabinos e outros líderes judaicos, os quais denunciaram a presença de conteúdo antissemita no X. Eles chegaram a publicar uma carta aberta que explica com detalhes a situação e exige que essas companhias deixem de financiar a empresa de Musk.
A CEO do X, Linda Yaccarino, disse em um post ontem que a rede social tem um posicionamento claro em se tratando de conteúdos discriminatórios, o que inclui aqueles com um viés antissemita. Apesar da postagem de Musk, ela também afirmou que o X vem combatendo ativamente esse tipo de conteúdo, numa clara tentativa de manter os anunciantes dentro da plataforma.
Embora não tenha comentado a suposta decisão da Apple de suspender a veiculação de anúncios na rede, o X disse ao Axios que “não posiciona ativamente as marcas próximas a esse tipo de conteúdo”. A companhia também explicou que desativou a monetização das páginas de extrema-direta encontradas pela Media Matters e rotulou as suas publicações como “conteúdo sensível”.
Notas de rodapé
- 1Chief executive officer, ou diretor executivo.