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Chase poderá ser o novo emissor do Apple Card; modem 6G estaria nos planos da Maçã

Tim Cook apresentando o Apple Card

Como repercutido na semana passada, a parceria entre a Apple e o banco Goldman Sachs para a emissão do Apple Card e o gerenciamento de serviços financeiros como o Apple Savings deverá chegar ao fim. Com mudanças na estratégia do banco e o fato de a parceria com a Maçã estar gerando prejuízo para a instituição, a gigante de Cupertino precisará de outro parceiro para continuar com o seu cartão de crédito e conta-poupança.

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De acordo com o repórter Mark Gurman (da Bloomberg), em sua newsletter “Power On”, o candidato mais provável de substituir o Goldman Sachs seria o JPMorgan Chase. O banco já tem uma relação forte com a Apple, na medida em que é onde a empresa guarda parte do seu caixa (cerca de US$60 bilhões), além de ter sido um dos primeiros parceiros e mais bem sucedidos do Apple Pay.

O Chase também tem uma parceria com a Apple em um programa de recompensas, que oferece descontos em dispositivos da Maçã, bem como é um dos maiores parceiros no processamento de transações nas Apple Stores e na App Store. Seria, então, a expansão de uma parceria mais ampla entre as empresas. Também já foi especulado que a Pismo, fintech brasileira, poderia ser a emissora do Apple Card.

Gurman também comentou, porém, que o nome que tem sido mais discutido até o momento é o da American Express, ainda que o Chase seja mais provável e que o AMEX tenha expressado preocupações com a margem de lucro. Outra vantagem do banco é o fato de ele oferecer cartões de crédito que funcionam com a rede da Mastercard, atual bandeira do Apple Card, o que não implicaria numa mudança nos atuais cartões.

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Outro serviço que também poderá ficar sob a guarida do Chase é o de cartão de débito do Apple Cash, atualmente controlado pelo Green Dot Bank. O que não deverá ficar sob o controle do Chase é o Apple Savings, já que o banco não oferece investimentos com taxas de juros tão altas quanto os 4,15% ao ano da conta-poupança da Maçã.

Assim, uma solução possível seria vender essa parte do negócio para vários bancos, algo que não teria muitos impactos práticos sobre o uso cotidiano do serviço. Segundo Gurman, se, antes do lançamento do Apple Card, o interesse dos bancos não era muito grande, com os números atuais do produto (como os US$10 bilhões guardados na conta-poupança e a integração com os sistemas da empresa) a parceria pode ser mais atrativa.

Com relação ao Goldman Sachs, o contrato entre o banco e a Apple ainda vigoraria por mais alguns anos. Contudo, com os descontentamentos da instituição financeira, algumas dificuldades de engenharia, problemas no serviço e a tentativa da Maçã de fazer isso não respingar na experiência dos usuários, a gigante de Cupertino ofereceu um novo acordo para pôr fim à parceria.

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Será, dessa forma, apenas uma questão de tempo até que os detalhes do fim da parceria com o Goldman Sachs sejam acertados e que um novo parceiro seja escolhido. Com certeza, a Apple fará essa mudança de uma forma que não impacte tanto a experiência dos usuários, o que com certeza influenciará a escolha do novo emissor.

Desenvolvimento de modem 6G

Além da decisão sobre o futuro do Apple Card e dos seus demais serviços financeiros, a Maçã vem se dedicando ao desenvolvimento de um modem de redes móveis. Mais especificamente, de acordo com Gurman, além da criação de um componente com capacidades 5G, a empresa já está pensando em um modem 6G.

Apesar de ainda estarmos longe do lançamento de iPhones e outros smartphones com essa tecnologia, a empresa já estaria se adiantando com relação ao tema. Em 2021, uma vaga de emprego para trabalhar na arquitetura de plataformas 6G já foi oferecida e agora a companhia vem aumentando a contratação de engenheiros para trabalhar nessa área.

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O principal argumento para o desenvolvimento desse componente é a diminuição da dependência de fornecedoras como a Qualcomm. Desenvolver um modem, contudo, não é algo nada fácil, exigindo testes em todo o mundo para assegurar o funcionamento de uma parte tão fundamental de um telefone como a de redes móveis.

Caso o desenvolvimento tenha sucesso, dominar a tecnologia também daria à Apple mais controle sobre seus hardwares, o que poderia gerar alguns benefícios. Não deverá haver, porém, ganhos em desempenho em relação aos modems atualmente utilizados, o que poderá ser um desafio em matéria de marketing — ou seja, como promover a mudança com um número não tão substancial de melhorias para os usuários.

A criação de modem 5G já vem sendo um desafio para a Maçã, com diversos adiamentos internos no suposto cronograma, justamente devido ao desempenho aquém ao esperado. Já pensar em um componente 6G, dessa forma, pode ser uma forma de conseguir de fato alcançar um modelo funcional até que a tecnologia passe a ser utilizada, por volta de 2030.

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